No documento, assinado por mais de 4.300 pessoas em Portugal, apela-se igualmente à Rússia para “garantir a proteção das pessoas que são alvo desta conduta violadora dos direitos humanos”.

Na ocasião, o diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro Neto, e a assistente de campanhas, Ana Fonseca Farias, pretenderam também “obter esclarecimentos das autoridades russas sobre as denúncias de raptos, tortura e assassínios de pessoas identificadas como homossexuais na Chechénia”, documentadas na investigação da organização de direitos humanos.

Esta iniciativa da secção portuguesa da AI junta-se às de outras secções que, do Brasil a Taiwan, recolheram mais de meio milhão de assinaturas em todo o mundo para o mesmo fim e que, numa ação global, vão hoje entregar as respetivas petições nas embaixadas da Rússia nos seus países.

Ao longo desta semana e da próxima, estão igualmente previstas ações de protesto contra a repressão coordenada pelas autoridades chechenas em cidades de diversos países, entre os quais Bélgica, Canadá, Espanha, Finlândia, Holanda, Noruega, Reino Unido, Suécia e Ucrânia.

Para desvalorizar as denúncias feitas, as autoridades da Chechénia sustentam que não existem homossexuais no país, razão pela qual “a Amnistia Internacional responde com esta mobilização no mundo inteiro, para mostrar aos homossexuais na Chechénia que são reconhecidos e que é exigida a sua proteção”, sublinha a AI em comunicado.

Por último, a organização de defesa dos direitos humanos insta a comunidade internacional a “abrir as portas a todos os que enfrentam esta terrível purga e que fogem da perseguição homofóbica na Chechénia”.

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