Em Portugal, 8 em cada 10 inquiridos fez dieta nos últimos 12 meses e 31% fez duas ou mais dietas. Estas são algumas das conclusões do estudo “As tendências no Emagrecimento dos Portugueses”, realizado pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, juntamente com a farmacêutica Omega Pharma.

A pesquisa teve como objetivo analisar as principais tendências no emagrecimento dos portugueses, nomeadamente, como fazem dieta, o motivo para o fazerem e se estão satisfeitos com os resultados obtidos.

Segundo o nutricionista Nuno Nunes,  ”estudos como este permitem-nos conhecer alguns estilos de vida associados, hábitos alimentares e práticas ou opções que podem condicionar a saúde da população. Por outro lado, são importantes para analisar um conjunto de ações ou intenções relacionadas com o emagrecimento. Podem ser igualmente utilizados para definir estratégias e procedimentos a desenvolver no futuro com a população portuguesa, pelos diversos intervenientes na área da saúde.”

Em relação aos motivos que levam os portugueses a fazerem dieta “as razões prendem-se sobretudo com o bem-estar geral 39.1%, motivos de estética 31.9% e apenas 25,3% ou seja um quarto dos inquiridos revelam que fazem dieta por razões de saúde”.

Embora o número de adeptos das dietas seja elevado, cerca de 6 em cada 10 indivíduos estão pouco ou nada satisfeitos com o resultado final das mesmas. Falta de resultados (25.8%) e de motivação (33.1%) são as razões mais comuns e que levam muitas vezes as pessoas a desistir.

Em relação ao método usado. “3 em cada 4 indivíduos, utilizam o exercício físico e o regime alimentar como meios para perder peso. Verificamos ainda que (42,5%) dos inquiridos optam por fazer dieta, (32.4%) exercício físico e (15.2%) tratamentos para emagrecer. Apenas 7.9% escolhem acompanhamento clínico especializado. Como nutricionista chamo a atenção que uma dieta deve ser equilibrada e ajustada às necessidades de cada caso”, adverte Nuno Nunes.

Quanto às diferenças de sexos, “a maioria dos inquiridos estudados é do género feminino (79% da amostra), solteiras, com a idade compreendida entre 18 e os 35 anos (80% da amostra) e com um nível de escolaridade de secundário ou licenciatura. No estudo optámos por não fazer essa separação porque o objetivo era perceber os portugueses como um todo. No entanto, a participação das mulheres foi claramente superior. Na minha experiência clínica posso confirmar que há mais mulheres a fazer dieta que homens. Embora, nos dias de hoje se verifique que há cada vez mais homens a fazer dieta sobretudo por razões de saúde, enquanto as mulheres (na sua maioria) fazem por motivos de estética e bem estar”.

06 de julho de 2012