Da teoria à prática, vai por vezes uma grande distância mas, em teoria, 53% dos funcionários considera a hipótese de mudar de emprego se a mentalidade dos líderes e a cultura das organizações não mudar. Em causa está a falta de liberdade que dizem sentir. De acordo com um estudo da consultora ILM, esse é, pelo menos, o sentimento de 74% dos inquiridos, a percentagem de colaboradores que gostaria de ter mais liberdade no trabalho.

Desses, 34% condena o excesso de regras e de procedimentos burocráticos a que são sujeitos no dia a dia. Cerca de 64% diz que já tentou alterar a situação mas 24% viram as chefias mais diretas a deitar as suas ambições por terra. John Yates, diretor da empresa, estava convencido que as chefias autoritárias eram uma coisa do passado mas o estudo que a sua empresa realizou veio provar exatamente o contrário.

«As pessoas, hoje, querem trabalhar para organizações flexíveis, divertidas e amigáveis», defende o especialista. «As empresas têm de ser flexíveis, para permitir aos funcionários concretizar a ambição que têm de ter uma carreira e gerir as pressões da sua vida doméstica, encorajando a criatividade, para injetar paixão e novas ideias no local de trabalho», acrescentou, no início de 2017, o gestor britânico.

Texto: Luis Batista Gonçalves