Ao longo do último ano em meio, o Dr. Finanças tem tido o privilégio de realizar ações de sensibilização em torno do tema dinheiro nas mais variadas empresas do país. Aprendemos muito e tivemos também a oportunidade de partilhar experiências e histórias de vida. E temos cada vez mais a certeza de que é muito importante uma correta gestão do nosso crédito.

 O crédito é uma das maiores prisões nas nossas vidas

Ao pedir um crédito estamos a antecipar consumo do futuro para o presente. Estamos a confiar que teremos rendimentos no futuro que irão permitir pagar as nossas dívidas ao mesmo tempo que pagamos os juros e os demais encargos em torno destes contratos.

Infelizmente ter dívidas irá implicar imediatamente que ficamos presos a contratos e a todas as suas consequências. Pior, deixa-nos dependentes de consequências que não controlamos, como sendo as principais causas do sobreendividamento:

  • Divórcio;
  • Desemprego;
  • Crises económicas;
  • Doenças.

Como evitar temer?

Para evitar temer temos de evitar o endividamento. Sim, pode parecer fácil falar mas diz-nos a experiência que é possível acabar com as dívidas. Talvez a melhor dica que nos deram nas formações tenha mesmo sido… comprar tudo a pronto?

Para comprar casa e talvez para comprar um carro temos de recorrer ao endividamento. No entanto, controlamos o nosso nível de endividamento ao analisarmos claramente as nossas capacidades e perceber que as nossas prestações têm de ser facilmente enquadráveis no nosso orçamento familiar. Isto será dizer ter uma boa taxa de esforço. Em última análise, devemos focar-nos em evitar pedir dinheiro emprestado.

Começar a poupar hoje mesmo

Os nossos formandos vão-nos dando também verdadeiras lições de poupança. Talvez uma das melhores não seja enquadrável nos famosos truques e dicas mas antes numa postura comportamental. Temos de viver com menos do que recebemos. E isso implica controlar as despesas com grande rigor percebendo que uma poupança mensal de €30 no seu crédito pessoal implicará uma poupança de €360 por ano. E que gastar menos €2 por dia em refeições fora de casa implica uma poupança anual de pelo menos €440 por ano.

Olhemos para o futuro e para os outros

O presente muitas vezes deixa-nos deprimidos. Somos constantemente confrontados com más notícias. Com crises. Com dificuldades. Mas o futuro será sempre melhor. Pelo menos tenhamos esse otimismo que nos ajudará a ter mais motivação para viver tendo em conta aquilo que é mais importante para nós.

Uma última ideia consiste em olhar para os outros. Não que nos devamos comparar, pois sabemos que as comparações acabam por gerar maus resultados. Pensemos antes que há pessoas que estão bastante piores do que nós e que os nossos problemas não são os maiores problemas do mundo. São os nossos, pelo que os vivemos com mais intensidade. E temos de os corrigir. Mas, mais uma vez, se olharmos para os que nos são próximos e procurarmos perceber o que é essencial nas nossas vidas, conseguiremos certamente ter uma vida financeira mais saudável.