O desafio é grande, é certo! Como separar e gerir relações pessoais com a eficiência e qualificação? Para preservar um negócio familiar, tal como em outros, terá de existir um planeamento estratégico a longo prazo e quem está na direção do mesmo deverá formar os sucessores desde cedo, não só para cativar os mesmos como também transmitir toda a experiência, preocupação e paixão adquirida. Em suma, é plantar a semente para o futuro correr da melhor forma. Leia algumas dicas para o negócio fluir:

- Nada como controlar com pulso firme, ou seja, há pesquisas indicadoras que mostram que quem controla a 'caixa' com pulso firme conseguem gerar dividendos lucrativos para as gerações vindouras;

- Há um erro comum que é “isto sempre correu bem por isso não é necessário alterar”, mas é uma perspetiva errada. A tradição pode e deve ser mantida, até porque muitas vezes é um fator diferenciador, mas os olhos devem estar voltados para o futuro para não se perder lugar no mercado;

- A nova geração, ao assumir o controlo, é responsável por dar um fôlego novo ao modelo de gestão e metodologias existentes, por forma a renovar conceitos e estar preparada para novos desafios;

- A essência e identidade da empresa deve ser mantida, logo é fulcral que os valores e os princípios que fundaram e mantêm a mesma sejam transmitidos;

- al como noutro negócio, se o intuito é prosperar, os gestores deverão estar sempre atentos ao mercado, à concorrência e às inovações tecnológicas;

- Aprender com os erros faz parte do crescimento humano e empresarial, por isso saiba lidar com os mesmos para não voltar a repetir;

- Os conflitos; ou outros; pessoais devem ser deixados à porta da empresa. É de extrema importância que cada um saiba qual o seu papel e o que representa na empresa e não na família;

- Não contrate ninguém só por ser da família, isto é, se é de um negócio que se está a falar, os colaboradores devem ter capacidades para desempenhar cargos e serem despedidos se for preciso. Os descendentes têm de saber olhar para a empresa como um negócio e não como uma herança. Não obstante, mesmo que a empresa seja eficiente, não empregue “toda” a gente da família. É um negócio, não é uma reunião familiar.