O dinheiro não é um bicho papão

Muitas vezes pensamos que o dinheiro é um bicho papão. Que é difícil controlar e gerir o dinheiro. Pensamos que tem propriedades mágicas e acabamos por evitar uma gestão cuidada desta que é das principais áreas de conflito nas nossas vidas. Uma estratégia para evitar sermos “comidos” por este bicho é aprendermos a lidar com ele com toda a naturalidade. E para o fazermos temos de perceber para que serve.

O dinheiro serve para ser gasto

Sim. Sabemos na Reorganiza que o dinheiro serve para ser gasto. O mesmo não é dizer que devemos gastar o dinheiro sem critério ou simplesmente porque sim. Na realidade, o dinheiro pode ser usado hoje para o nosso consumo ou investimento ou pode ser guardado para gastar no futuro. Constituir uma conta poupança ou aplicar o dinheiro em certificados de aforro ou afins.

Distinga consumo de consumismo

Estes dois conceitos não são sinónimos. Se o dinheiro serve para ser gasto, esta despesa deve ser feita de forma responsável e enquadrada com as possibilidades do orçamento familiar. Um outro fator de distinção poderá consistir na utilização ou não de crédito para suportar os custos do consumo. Se existem créditos que podem fazer sentido, como o crédito habitação, outros não são tão justificáveis (como os cartões de crédito). Por vezes será interessante pensar mais do que uma vez se determinada despesa faz ou não sentido e se não fizer cortá-la pela raiz).

Temos de controlar a conta bancária

Uma das ideias de relevo passa por construir um orçamento familiar. Não sendo paciência para isso, deverá criar o hábito de controlar todos os movimentos da sua conta bancária. Ao consultar os movimentos e o extrato irá ganhar a sensibilidade para os seus gastos e ainda conseguirá detetar movimentos suspeitos.

Defina as suas prioridades

As nossas prioridades são (ou deviam ser) espelhadas no nosso consumo. O consumo mostra-nos aquilo que consideramos essencial para a nossa vida. Precisamos de viver com qualidade de vida. Necessitamos de conforto. E todas as opções que tomamos dizem muito de nós.

O dinheiro é algo que devemos tratar com cautela mas atribuindo a importância que merece na realidade. Nem mais. Nem menos. E é importante parar para pensar e concluir que teremos de dominar este tema de modo a podermos garantir o conforto da nossa família.

Rui Costa