O início do ano é altura de tomar decisões e pôr em prática algumas resoluções mais difíceis. Deixar de fumar, perder peso ou começar a fazer exercício estão entre as mais comuns, mas também é importante cuidar das suas finanças. A crise permanece e quanto mais preparada estiver para os embates que se avizinham, melhor. Há alguns aspetos para os quais deve estar especialmente alerta, como a reforma, a saúde e educação. Conheça oito decisões que deverão acompanhá-lo ao longo do ano em nome de umas finanças em ordem.

1. Preparar a reforma

O ano de 2014 traz más notícias para os reformados e para os que estão prestes a chegar lá. Se ainda não tem um pé-de-meia os seus anos dourados é altura de começar a pensar nisso. Dizem os especialistas que devemos destinar 10% do rendimento para a reforma, no entanto, se já vai começar tarde deverá poupar mais do que isso.

2. Faça um orçamento familiar:

É a versão financeira da dieta e está para a saúde financeira como uma alimentação correta está para a saúde física. Olhe para o extrato bancário dos últimos meses, veja o dinheiro que saiu e o que entrou e se estiver a gastar mais do que ganha está na altura de fazer uns ajustes e começar a poupar.

3. Poupe para a educação dos seus filhos:

As notícias sobre os cortes na educação não têm sido muito animadoras para quem tem filhos em idade escolar: o ensino básico, secundário e superior tem sido alvo de cortes de investimento. Por isso, o melhor é preparar-se para o pior e começar a poupar para que o dinheiro não seja impedimento para os estudos do seu filho. Comece por estimar quanto é que irá gastar na educação do seu filho e calcule quanto é que teria de poupar por mês para alcançar esse valor. Contabilize despesas de deslocação, aquisição de material escolar e até de alojamento, caso opte por estudar fora.

4. Invista as suas poupanças:

Tão importante como poupar é investir. Proteja-se do “bicho da inflação” que pode “comer” o dinheiro que tanto lhe custou a amealhar. Embora as previsões do Banco de Portugal apontem para uma inflação em 2014 inferior à de 2013 (1,1%), é importante que invista o seu dinheiro em produtos financeiros que ofereçam taxas de juros líquidas (depois de impostos) superiores a 1,1%. Se gosta de jogar pelo seguro recorra aos depósitos a prazo, fundos de investimento que apostam em obrigações ou certificados do Estado. Se se atrever a um pouco mais, procure os fundos de ações ou os mistos (obrigações e ações).

5. Faça um seguro de saúde:

Este é sempre um tema sensível, mas tendo em conta as notícias sobre o aumento do tempo de espera nas urgências dos hospitais públicos e para realizar exames médicos, talvez seja uma boa altura para investir num seguro de saúde. Antes de subscrever um seguro, pesquise sobre as ofertas disponíveis no mercado e escolha aquela que melhor se adequa às suas necessidades e possibilidades financeiras. Neste processo tenha especial atenção às características do produto, nomeadamente coberturas, exclusões, franquias e períodos de carência.

6. Faça um fundo de emergência:

Fazer um fundo de emergência é um conselho clássico nas dicas de finanças pessoais saudáveis. Este fundo deverá ser constituído por uma poupança equivalente até seis meses do valor de despesas fixas. Mas tendo em conta a crise económica há especialistas a defender que o fundo deverá conter uma poupança suficiente para cobrir as despesas do agregado familiar durante um ano. Este dinheiro apenas deverá ser mexido em caso de urgência, como o desemprego, um problema inesperado de saúde que exija uma grande quantidade de dinheiro, ou um arranjo de automóvel que não estava à espera.

7. Reutilize:

Poupar tem sido a palavra de ordem nos últimos anos e uma boa forma de o fazer é através da diminuição dos desperdícios. Faça o reaproveitamento de tudo o que tem em casa. Isto é válido para a preparação das suas refeições, mas também funciona com as peças de roupa velhas, ou ainda quando estiver a preparar a época de regresso às aulas dos seus filhos.

8. Invista em si:

Aposte em si e na sua formação, isto aplica-se tanto ao nível profissional como pessoal. Mesmo que esteja empregada, faça cursos relacionados com a sua área profissional ou que possam ser uma mais-valia para a empresa onde trabalha. Também deverá aprofundar os seus talentos (cozinhar, desenhar roupa ou fazer bricolage) e, quem sabe, aproveitar para pôr essa aptidão ao serviço dos seus rendimentos.

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