É formada em gestão de marketing mas desencantou-se com o seu primeiro trabalho no Porto e decidiu rumar a Lisboa para dar início a um novo projeto profissional que a preenche e realiza.

Aos 27 anos, Lígia Silva é Life Coach e não tem a mínima dúvida de que este é o seu caminho. Ativar a inspiração e motivação nos outros enche-a de felicidade.

Qual foi o seu primeiro trabalho?
Foi em gestão de marketing, no Porto, mas as coisas não estavam a correr como eu queria e decidi vir trabalhar para Lisboa. Fui a uma entrevista a uma empresa na área do desenvolvimento pessoal, um mundo que eu não conhecia e a partir daí comecei a apaixonar-me por ajudar e inspirar pessoas a libertarem todo o seu potencial.

Começou logo a trabalhar na empresa de Mário Caetano onde ainda está hoje?
Sim, quando vim para Lisboa comecei logo a trabalhar com o Mário em diferentes áreas, o que me permitiu experienciar o que gosto mais de fazer.


Foi surpreendida com a sua nova vocação?

Completamente. Nunca imaginei estar a fazer isto na vida, mas cada vez tenho mais a certeza que o meu propósito é inspirar pessoas a voltarem a acreditar nelas e a libertarem todo o seu potencial. Estou certa de que cada pessoa tem o seu talento, o seu dom, às vezes só precisa de ajuda para o descobrir. Experiencio o meu quando estou a dar coaching ou quando estou em formação. É aí que o tempo para e me sinto completamente realizada.


Tem ideia de quantas pessoas já ajudaram nos últimos quatro anos?

Centenas de pessoas. Só no ano passado fizemos cerca de 20 eventos abertos ao público para além das palestras nas empresas.


Há muitas empresas a recorrer ao coaching?

Cada vez há mais. O objetivo é ajudar os colaboradores a descobrirem a sua auto-motivação e o seu propósito dentro da organização. Tendo em conta as condições externas que estão acontecer é necessário que exista por parte de cada pessoa a descoberta dos seus talentos e a sua reinvenção. Este processo é mais fácil com ajuda externa.


Se alguém quiser recorrer à vossa ajuda onde os encontra?

Pode ir ao nosso site na internet: www.mariocaetano.net, onde encontra todos os nossos contactos.


Qual é o papel dos vossos embaixadores da vida?

O Mário criou os Embaixadores com o propósito de passar as ferramentas que ele adquiriu ao longo dos anos e que têm feito a diferença na vida das pessoas. Os Embaixadores da Vida são um grupo de pessoas que têm como propósito fazer a diferença nas suas vidas, na sua família, na sua empresa e na sociedade, sendo um exemplo. Temos inúmeros professores que estão a fazer a diferença dentro da escola deles, assim como empresários, médicos, advogados, etc..

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De que forma?

Através do exemplo. Através do contágio e da influência positiva, esta é a missão dos Embaixadores da Vida.


O Mário Caetano vem de que área?

Vem da área de economia, mas também se desencantou com a economia e colaborou durante vários anos numa multinacional ligada do fitness, que foram dos primeiros a trazer o coaching para Portugal. Interessou-se tanto por esta área que foi fazer inúmeras formações fora do país e hoje é uma das pessoas mais habilitadas e reconhecidas nesta área em Portugal.


Quando organizam eventos abertos ao público, pedem a colaboração dos vossos formandos?

Sim. Normalmente envolvemos dezenas de pessoas nestas iniciativas, e, pela receptividade que temos tido, estamos certos de que o coaching é uma atividade em crescimento no nosso país, porque há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda.


Isto porque o número de pessoas com depressões não para de subir?

Também. Há cada vez mais pessoas a precisarem de ajuda, ou que perderam o emprego, ou porque estão a passar por divórcios, ou porque simplesmente estão num processo de redescoberta e acreditam que há outra forma de ver as coisas, outra perspetiva. O coaching é uma ferramenta que pode ajudar qualquer pessoa.


Qual é o vosso próximo evento aberto ao público?

É no dia 24 de Janeiro entre as 20 e as 22 horas, no Centro Cultural Franciscano, no Largo da Luz, em Lisboa. É organizado pelos embaixadores e tem como objetivo ser um evento de contribuição. Vamos ajudar a Associação Novamente, uma instituição de crianças com deficiência.


A sua chegada a Lisboa, há quatro anos, obrigou-a a uma grande mudança. Já se adaptou à sua nova vida?

Completamente. No início não foi nada fácil, mas agora já me sinto em casa e adoro Lisboa. Organizei a minha vida toda aqui, e encontrei a minha estabilidade emocional e afetiva em Lisboa.


Vai ao Porto com frequência?

Vou. Tenho lá a minha família toda.


O que a distrai?

Adoro cinema, e também tenho uma parte que gosto bastante e que me complementa é uma área ligada ao bem-estar: ioga, meditação e exercício físico. Adoro ter atividades que me permitam estar em contacto mais pessoal comigo.


Como se diverte com os seus amigos?

Em casa. O meu companheiro é um excelente cozinheiro e faz jantares fantásticos para os nossos amigos. O mais engraçado é que a cozinha não me diz nada e ele tem uma verdadeira paixão pela experiência gastronómica.


Um sonho?

Estar em cima de um palco com mais de mil pessoas à minha frente e conseguir sentir que essas pessoas voltarem acreditar nelas próprias.

 

Texto: Palmira Correia