As férias são sinónimo de lazer e de descanso, mas também de rendimento extra, já que é neste período que os trabalhadores recebem o subsídio de férias. Mas não deixe que o calor lhe tolde o raciocínio e pense duas vezes antes de cair na tentação de gastar a totalidade deste subsídio. Caso contrário poderá estar a desperdiçar aquilo que representa uma folga financeira e uma oportunidade para equilibrar o orçamento familiar.

1. Pague as dívidas

Tem em atraso o pagamento de dívidas como condomínio ou o cartão de crédito? Então utilize o subsídio de férias para regularizar os seus encargos financeiros. Se pretende amortizar dívidas mais elevadas, como é o caso do crédito à habitação, faça primeiro uma simulação para certificar-se que esta amortização compensa. Isto porque a redução da prestação da casa que obterá com a amortização deste crédito pode ser tão irrisória que torna pouco vantajosa a aplicação do subsídio de férias para este objetivo.

2. Reserve para despesas futuras

Antes de ceder à tentação de gastar o subsídio de férias naquilo que mais gostava de ter ou fazer, pare e pense nas despesas que irá ter em breve. Se tem de pagar nos próximos meses a revisão ou o seguro do carro, ou se prevê ter despesas avultadas com a compra dos livros e material escolar dos seus filhos, então reserve o subsídio de férias para provisionar estes encargos futuros. Desta forma, quando chegar a altura de fazer estes gastos terá já o dinheiro suficiente para fazer os pagamentos destas despesas, sem que o seu orçamento se ressinta deste esforço.

3. Reforce o fundo de emergência

Outra forma alternativa de aplicar o seu subsídio poderá passar por reforçar a poupança do seu fundo de emergência. Este conselho é especialmente importante numa altura como atual, em que muitas famílias estão a ser surpreendidas pelo desemprego. O fundo de emergência deverá ser composto por um pé-de-meia no montante equivalente a, pelo menos, seis meses de despesas do agregado familiar.

4. Invista

Se tem um orçamento familiar folgado e já devidamente provisionado, poderá rentabilizar o seu subsídio de férias investindo-o num bom depósito, em certificados de aforro ou em fundos de investimento. Desta forma, estará a dar uma oportunidade para o seu subsídio de férias de engordar. Por exemplo, os dados do Banco de Portugal mostram que a taxa de juro média aplicada para os novos depósitos ronda os 2,36%. Isto significa que, por exemplo, para um depósito de 2.000 euros, ao final de um ano o depositante irá receber um retorno de 47,2 euros.

5. Goze as férias

E porque o subsídio de férias é um instrumento para ajudar os trabalhadores a gozarem da melhor forma possível os seus dias de descanso, reserve uma parcela deste montante para oferecer a si e à sua família um mimo durante as suas férias.