Uma carta de motivação resume-se a um documento que é enviado juntamente com o currículo aquando de uma candidatura de emprego. É um passo fundamental para que, quem está do outro lado, analise e perceba verdadeiramente o motivo e a motivação com a qual a pessoa se candidata. Actualmente, a maioria das candidaturas são feitas via internet. Seja para que área for, é muito raro um currículo ser entregue presencialmente ou ser enviado via CTT. Ainda assim, há regras que não se mudam e os currículos continuam a ser enviados, mesmo que via email, com uma carta de motivação associada.

Uma carta precisa de ter algumas características básicas que nunca são demais relembrar:

Enderece a carta à pessoa que a vai ler, explique por que quer trabalhar naquela empresa, mostre porque é a pessoa indicada, agradeça o tempo despendido a ler a candidatura, etc.

Se quer tornar a sua carta diferente, seja diferente e arrisque! Deixe transparecer um pouco da sua personalidade, passe energia e boa disposição, crie um elo entre si e o recrutador. Ele irá querer entrar em contacto consigo!

Como elaborar uma carta de motivação diferente:

Pense na carta como um Pitch – Deve ser rápida de ler. Mostre que sabe destacar apenas o extremamente importante. O resto vem na entrevista.

Escreva uma boa frase de abertura - A intenção é destacar-se no meio de muitas respostas, logo não use linguagem estandardizada ou expressões clássicas. Pense numa frase de abertura personalizada, original e cheia de entusiasmo.

A carta serve para falar com o recrutador - Esqueça o discurso demasiado formal: troque-o pelo marketing pessoal. Diga-lhe o que o atrai na empresa, o que o surpreendeu pela positiva ao procurar informação no site, de forma a criar empatia e pontos em comum.

Fale sobre si – Esqueça o que todos já dizem e procure dizer aquilo que te distingue de entre a multidão. É provavelmente a tarefa mais difícil, mas dar-te-á um bom destaque.

Não se prolongue - A sua carta pode ter uma página no máximo. Não mais do que isso para não se tornar aborrecida. Transmita a mensagem em frases curtas e dinâmicas com muitos verbos ativos.

Não fale em ordenado - Não fale de dinheiro na carta. Mencione o ordenado apenas no caso de lhe ter sido pedido no anúncio, senão vai criar uma impressão negativa.

Pesquise resumos de perfis no Linkedin – isso ajudar-lo-á a colocar-se na pele do recrutador e a saber o que ele sente quando vê demasiados resumos do mesmo formato. Encontra alguns que se destacam? Tome notas e adapte  ao seu estilo, mas nunca copie.

Evite terminar com banalidades - Lembre-se que a última impressão é tão importante como a primeira. Não escreva frases feitas e tente terminar com o mesmo mood com que começou a carta.

 Como saber se a carta está pronta para enviar? O mais importante é rever os pontos anteriores e, se não lhe parecer suficientemente apelativo, ainda lhe pode dar uns retoques.

Faça rascunhos: não envie nunca uma carta escrita à primeira sem reler; vai haver, de certeza, algumas alterações (para melhor) que vai querer fazer. Se alguém da sua confiança puder ler e dar a sua opinião sincera, melhor ainda! Nunca repita os dados do currículo. Informação repetida pode ser um ponto a desfavor.

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