Problemas! Problemas e mais problemas. Problemas estão também associados a preocupações, ansiedade, ressentimentos e a conflitos.

Segundo o dicionário da língua portuguesa a problema é: “Questão, dúvida. O que é difícil de explicar.”

Na realidade, os problemas estão associados em grande medida ao medo. Medo do desconhecido, medo da incerteza e do falhanço, da rejeição e do abandono. Desde muito cedo aprendemos o significado destas palavras, o seu impacto nas nossas vidas, de tal forma intenso, que despendemos uma parte significativo de tempo a pensar em problemas, não conseguimos obter uma explicação plausível para determinadas questões existenciais. Algumas pessoas dizem “Sou assim…” ou “É muito complicado.” É preciso inverter este tipo de crenças irracionais, fraudulentas e investir no auto conhecimento.

Hoje quais são os reais problemas com os quais você se debate? Qual foram os problemas que conseguiu resolver, e agora, já está apreensivo e/ou ansioso/a com outros problemas diferentes? Podemos transformar a vida numa cascata de problemas sucessivos e insolúveis. Pergunte a si mesmo, “Quais são as soluções que tenho ao meu dispor?”

Por exemplo nos relacionamentos de intimidade, alguns problemas mais vulgares e com os quais nos podemos debater, e que por vezes, podem não ser identificados, estão associados às crenças irracionais; controlo, ciúme, inveja, ressentimento, vergonha tóxica, expectativas elevadas, intimidade, compromisso, pensamento "tudo ou nada", tolerância elevada relativa aos comportamentos inadequados do outro (ex. abuso, agressividade) e baixa auto estima.

Por outro lado, à medida que os problemas surgem, podemos traze-los à superfície com uma certa segurança, graças à ajuda de pessoas de confiança e disponíveis, através do feedback. Para cada problema existe uma solução; não podemos desperdiçar demasiado tempo e energia com problemas insolúveis. É necessário actualizar e rever o sistema de crenças que reforçam os problemas, refiro-me por exemplo à gestão das emoções e dos conflitos, actualização de valores e definição de objectivos.

Uma grande parte das pessoas aparece, nas consultas, confusas, ansiosas, deprimidas derivado à complexidade de vários factores, para todos os efeitos, perderam a perspectiva daquilo que são os seus problemas nucleares e as respectivas soluções. Perante a minha questão: “Qual é o seu problema?” A grande maioria afirma: "Não sei...estou confusa… são imensos problemas.” Há medida que o tempo passa, perdem o fio à meada.

Algumas das fontes de problemas mais comuns, ao contrário do que se pode pensar, são intrínsecos, derivado às crenças (erros cognitivos). Prevemos problemas, a fim de nos preparar para o pior cenario. Algumas pessoas, afirmam que se sentem mais activas se tiveram problemas. Estas pessoas precisam de stress a fim de se manterem focadas em algo exterior, porque se aborrecem facilmente e receiam o tédio.

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Invista na literacia cognitiva, emocional e espiritual através de:
• Pratique o desapego e o livre arbítrio. Seja carismático/a.

• Defina objectivos específicos, concretos e auto motivacionais. Seja persistente, mas permaneça atento à teimosia e/ou ao orgulho disfuncional.

• Monitorize o seu sistema de crenças irracionais e reforce o pensamento flexível e positivo – auto afirmações. Dica: Pergunte às pessoas da sua confiança e disponíveis, o seguinte “Consideras que eu sou uma pessoa que está constantemente a queixar-se da vida? ” Se a resposta for sim, pergunte: “Qual é o tipo de problemas”. Peça para ser específico.

• Reforce e renove os seus valores espirituais; liberdade, fé, esperança, perdão, honestidade, confiança num poder/entidade superior, imaterial e universal. A todos seres vivos, a única coisa que é garantida, é a morte, nesse caso, celebre a vida.

• Actualize as suas competências/perícia. Não consegue resolver um problema? Quais as competências que precisam de ser exploradas e ou adquiridas? Existem áreas da nossa vida, que estamos mais vulneráveis e expostos, derivado a um conjunto complexo de factores; biológicos, psicológicos e sociais. Nesse sentido, invista na formação e no auto conhecimento continuo. Pedir ajuda não é humilhação, pelo contrário, é sinónimo de inteligência.

• Evite expor-se, demasiado tempo ao sofrimento (e à impotência), este poderá reforçar o isolamento, a culpa, a vergonha tóxica. Explore o seu menu de escolhas e/ou soluções.

• Durante esta semana reduza os seus problemas ao mínimo, desligue o complicometro, faça um serio investimentos na gratidão. Dica: Durante sete dias (de segunda a domingo) faça uma lista de coisas pelas qual está grato/a. No final, faça uma avaliação equilibrada e honesta. Exclusivamente para si, os meus sinceros cumprimentos.

João Alexandre Rodrigues

Addiction Counselor

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