Mas antes pense no seguinte: olhe à sua volta, preste atenção, e irá constatar que pessoas e coisas à sua volta estão em mudança. O próprio universo, desde as mais pequenas partículas às mais de 500 biliões de galáxias, incluindo o planeta Terra, tudo está em movimento.  Todavia, este princípio, nos seres humanos é diferente, não se aplica à forma como nos comportamos e sentimos, mesmo naquelas situações que colocam em causa, e/ou em perigo, a nossa felicidade e até a nossa saúde. Nós resistimos à mudança, essa é a nossa opção.

Segundo alguns estudos, o nosso cérebro é extremamente eficiente em nos recordar sobre as mais diversas maneiras como reagimos a determinados acontecimentos. Da mesma forma, o cérebro é igualmente eficiente em nos fornecer sugestões para as mais diversas situações. Isto é, perante determinadas acontecimentos e/ou situações,  reagimos de acordo com determinados padrões armazenados, que consideramos mais proveitosos.

Este tipo de padrão revela-se útil, quando precisamos de tomar as devidas precauções, por exemplo, como evitar uma longa fila de trânsito, na auto-estrada, escolhendo uma estrada secundária com menos trânsito. Mas o mesmo padrão pode revelar-se prejudicial, quando sugere que façamos resistência à mudança, por exemplo, a algumas rotinas ou hábitos prejudiciais ou perigosos.

De acordo com os mesmo estudos, quando somos sujeitos a situações perigosas e/ou stress excessivo, o cérebro, analisa imediatamente todos os dados da memória, na procura de situações similares que tenham ocorrido e que possam ser compatíveis com a atual situação perigosa ou stressante. E, quando o faz, imediatamente acciona os mesmos mecanismos emocionais associados às situações anteriores pelas qual passamos: dor, ansiedade, frustração, tristeza.

O maravilhoso nisto tudo, e apesar de situações que tenhamos passado, a natureza humana coloca-nos ao nosso dispor o cérebro, a fim de conseguirmos optar e selecionar o comportamento que melhor se adequa a um estilo saudável de vida, o melhor possível. Ao contrário de algumas crenças negativas, para todos os efeitos, podemos optar e escolher livremente o comportamento que desejamos.

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Dê as boas vindas à mudança:

- Seja flexível. Estamos preparados para agir perante um indeterminado número de situações, mas podemos escolher um comportamento diferente perante as mesmas circunstâncias. Por exemplo, rejeite a crença “Eu sou assim…” ou “Eu não consigo…”

- Sentido de oportunidade. Depende da sua perspetiva; pode adoptar um tipo de visão em túnel ou uma perspetiva mais ampla e diversificada.

- Adopte um estilo de vida que promova a mudança de rotinas, hábitos e o auto conhecimento. Monitorize as crenças negativas que reforçam a resistência a novas e diferentes perspetivas, por exemplo, considera que anda excessivamente cansado/a? Irritado/a? Ansioso/a?

- Promova a resiliência e o equilíbrio: antecipe e prepare-se para enfrentar a adversidade, a incerteza e a tristeza, da mesma forma, usufrua dos momentos intensos de felicidade, de gratidão, de bem-estar.

- Viva o momento e um dia de cada vez. Perante as fases complexas e a insegurança,  adopte o aqui-e-agora, na gestão construtiva das suas emoções.

Dê as boas vindas à mudança durante esta semana e ao longo da sua vida.

João Alexandre Rodrigues

Addiction Counselor

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