A assunção de uma nova identidade, implica inúmeras vezes mudanças de filosofias de vida, perdas de relacionamentos e\ou de situações laborais e consequentemente perdas de imagens baseadas em falsos valores, comportamentos e crenças que não são de nada coerentes com a nossa verdadeira essência.

Sendo uma coisa cada vez mais sentida e visível em todos nós, senti partilhar consigo estas dicas baseadas na minha experiência e observação.

1- Decida quem realmente quer ser, deixando de parte a necessidade de ser quem os outros querem que você seja. O conforto do evitar conflitos e possíveis rejeições e perdas, o fará perder cada vez mais a sua energia, dissipando-a assim como perdendo o seu centro, fazendo-o parecer um hipócrita perante si e os outros.
Logo, convido-o para reflexão: - O que prefere perder, o “amor e validação” dos outros ou a sua própria integridade?

2- Deixe de tentar ser o ” bem comportado” perante a sociedade e arrisque ser mais autêntico, seguindo os seus próprios valores e verdade, baseando-se no que realmente funciona para si, não implicando no entanto julgar ou ofender escolhas e decisões de outros.
Para reflexão deixo-lhe outra pergunta: - O que realmente faz sentido ser e fazer para mim neste momento específico na minha vida?

3- Largue o medo de assumir as suas inquietações mais profundas, e sirva-as, pois são elas que vão activar a sua missão e propósito de vida!
Para reflexão deixo-lhe outra pergunta:- O que me inquieta neste momento no mundo e\ou na sociedade onde vivo que faz ressonância com a minha maior ferida e desafio?

4- Seja assertivo amorosamente, isto é, diga o que realmente pensa e sente em relação a alguma situação que esteja a invadir os seus “limites” ou não faça sentido para si e afirme a sua autenticidade, num modo doce, calmo e sem julgamento mas directo e claro.

Pode ser que tenha uma surpresa agradável fazendo o outro ver outra perspectiva e ajudando-o a conhecê-lo\a melhor na sua totalidade. Não com isto querendo dizer que tenha que existir conflito, mas um confronto poderá ser possível, criando um maior respeito, valorização e negociação de vontades.

5- Respeite as suas necessidades materiais e principalmente emocionais preenchendo-as você mesmo e assumindo a sua própria responsabilidade no que realmente está a sentir neste momento da sua vida e consequentemente tomando consciência do que realmente precisa para dar resposta essas emoções e sentimentos, não projectando assim nos outros esta “obrigação”.

Para isso poderá:
a) Ficar em silêncio e escutar o que está realmente a sentir, pois por detrás de um sentimento existe sempre uma necessidade e é aqui que você se foca para dar o 1ºpasso de ser respeitado e valorizado pessoalmente.

b) Responder verdadeiramente às suas necessidades, estando mais consciente de outra parte sua que é tão válida como as outras, principalmente mais válida que os seus desejos.

6- Exponha-se emocionalmente, pois isso revelará uma maior transparência da sua identidade mostrando a sua autenticidade e força, criando com isto um exemplo de integridade e poder pessoal baseados numa verdade assumida.

7- Assuma-se na íntegra, a vida ajuda quem merece e não quem precisa, pois quando há um maior alinhamento e coerência interna, começamos a criar e a magnetizar tudo o que vai espelhar a nossa essência, deixando de parte o papel de vítima e o delegar da nossa responsabilidade e poder ao outro.