Fomos formatados para viver a vida sob uma determinada fórmula que a nossa cultura, sociedade e família consideram correcta de maneira a conseguirmos estabilidade, sucesso, segurança e felicidade.

Passamos então pela normal fase da infância onde aprendemos de tudo um pouco e onde nos especializamos numa qualquer profissão que nos irá dar dinheiro.

Mais cedo ou mais tarde, vem também o amor ou o casamento, os filhos, o emprego, o carro, a casa e toda uma série de tralhas que passamos a acreditar serem essenciais para podermos cumprir a dita fórmula.

Depois de anos a correr de um lado para o outro, como que num imenso supermercado cósmico em busca dos ingredientes para a tão ansiada receita da felicidade em que iremos finalmente começar a viver e a ser felizes, simplesmente não o somos!

E porquê?

“Tirei o curso, tenho um emprego, casei o ano passado, tenho um bebé a caminho, vivo numa boa casa e tenho o que preciso para ser feliz mas de facto nunca me senti tão perdido e vazio!”

Infelizmente este tipo de desabafo é mais comum do que o que imaginamos.

... e assim começamos a questionar a nossa existência e o que é afinal a felicidade?

O mundo está cheio de exemplos que contrariam a dita fórmula e que mostram que nem sempre é preciso o curso para ter sucesso, que o casamento pode ser fonte de muitas dores e condicionamentos, que não casar ou ter filhos pode ser uma escolha perfeitamente consciente e equilibrada assim como muitos outros estilos de vida que nada tem a ver com a antiga fórmula.

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Não é curioso então todos sermos criados num molde de felicidade que simplesmente não funciona enquanto que julgamos arrogante e friamente quem se atreve a seguir o seu molde próprio e ainda a mostrar resultado surpreendentemente positivos?

O que nos faz ficar presos ao que nos ensinaram e acreditar que sabemos o que é melhor para nós e ainda para os nossos filhos? De onde vem a noção que sabemos guiá-los para a dita felicidade quando realmente a nossa vida e pessoa nem sempre são uma inspiração? Queremos mesmo que eles sigam cegamente a nossa fórmula ou vamos confiar neles e na vida e permitir que eles próprios encontrem os seus conceitos do que os faz felizes?

Onde é que afinal os nossos pais, avós e todos os antecessores foram buscar a ideia de que é possível ter uma vida segura, bem sucedida, estável, previsível e feliz quando o mundo prova o contrário 24h por dia?

Chegou o tempo de deitar as paredes abaixo que nos mantinham na velha energia presos à velha fórmula...

Felizmente vejo que muitos já começaram a questionar-se e a permitir-se considerarem novas fórmulas e estilos de vida e novos conceitos de felicidade.

E que fórmulas são essas perguntas tu?

Eu poria como primeira proposta não seguir fórmula alguma. Devemos sim estar atentos e rejeitar tudo o que nos condicione, abafe, negue, desvalorize ou desrespeite e seguir com fé o que nos faz o coração pular o que faz vibrar a nossa alma, a nossa pessoa e a liberdade de sermos quem realmente somos.

Como segunda proposta, trocaria o conceito de felicidade por equilíbrio pois obrigaria nos a ir dentro de nós fazer esse trabalho e largar as projecções que ainda tanto fazemos nos outros. Além de que só depois de atingirmos o equilíbrio e bem estar interior o podemos manifestar no exterior. É a essa sensação que chamamos de felicidade.

Deixo apenas mais uma sugestão como terceira proposta aprendermos a estar bem e a encontrar o equilíbrio (por tabela a felicidade) no aqui e no agora. Responsabilizando-nos por tudo o que atraímos. Pacificando-nos com quem se cruza o nosso caminho e nos devolve as emoções que carregamos. Seja a mais densa revolta seja a mais bela expressão de amor.

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Nos tempos que correm e num mundo cheio de tralha como o que vivemos, onde a energia velha e a energia nova se misturam constantemente como que num imenso nevoeiro denso que temos que atravessar, facilmente esquecemos que felicidade não é um estado de TER mas sim um estado de SER.

E só esta pequena tomada de consciência, já faz uma enorme diferença.

A formula velha faz-nos viver todos num estado de ansiedade constante precisamente porque a expectativa irreal de estarmos em paz, seguros e felizes não corresponde à realidade. E não é o mundo que nos desilude todos os dias. O problema começa logo com a nossa ilusão.

Ainda hoje vejo muitos a irem ao psicólogo, ao astrólogo, ao numerólogo, ao Tarot, ao padre e a quem quer que os possa vir dizer o que insistentemente todos gostaríamos de ouvir;

– “Esta fase de desafios vai acabar e a partir de agora vem um longo ciclo da alegria, paz e de muita abundância”.

Por mais bela que seja a frase e por mais que todos gostaríamos que fosse verdade, algo em nós sabe que ela é irreal e que mais corresponde a umas férias no parque da Walt Disney.

A vida é muito mais complexa e profunda do que isso e quando as pessoas me perguntam quando irão acabar os desafios, eu apenas respondo “Nunca”.

Uma nova fórmula terá então como novidade a aceitação do mundo como ele é com a consciência de que somos nós a adaptarmo-nos a ele e não ele a nós. Que cada um de nós é único e especial e traz consigo algo, uma joia interior que se bem utilizada, irá realizá-lo a todos os níveis e fará do mundo um sitio melhor e mais bonito. Os desafios são precisamente o caminho até lá...

Os pedidos de ajuda não serão mais para aumentar a ilusão, a negação e o escapismo mas sim para nos ajudar a identificar a realidade sob a perspectiva sagrada e a lidar com a grande aventura que é a vida desde os seus aspectos mais sombrios e pesados à experiencia da luz e do amor.

Lá chegará o dia em que falaremos das conquistas e das perdas, dos medos e dos actos de coragem, do que nos atrai e nos repele com a mesma naturalidade, com a devida consciência da nossa natureza dual.

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Aos poucos o velho dá lugar ao novo. Passar de conceitos e crenças antigos para novos e mais livres sempre mostrou ser em todas as gerações motivo de conflito. No entanto nenhum de nós gostaria com certeza de viver nos moldes de há 150 anos atrás...

Mais importante do que seguir fórmula alguma, importante sim é aprendermos a viver com o espírito do viajante; curioso, atento, interessado e sensível para o que de novo irá conhecer a cada momento. Com o espírito do sábio; tranquilo, humilde e atento para as experiências da nossa alma. Com o espírito do velho; calmo, tolerante e responsável. E ainda com o espírito da criança; criativa, alegre, transparente.

Desejando assim a todos nós uma maravilhosa e preenchida viagem!

Bem hajam!
Vera Luz

Veja no Sapo Zen as entrevistas de Vera Luz:
Regressão a Vidas Passadas

Cabeça VS Alma

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.
Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.
Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.
E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

- “Regressão a vidas passadas”
- "Do Drama para o Dharma”
- "A cabeça pergunta a Alma responde”

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