Hoje, a falar com a minha filha, que muda este ano de ciclo, percebi-lhe os medos. Alguma ansiedade pelo novo. Alguma nostalgia pelo que fica para trás.

Prometi que para a frente estão dias óptimos. Ao que me questionou. "como é que sabes?". Pensei para mim "sim, como é que sei?".

Na verdade não sei. Imagino. Na verdade não posso dar 100% de garantias, mas estou 99,99% convicta que vai ser mesmo assim: vêm aí dias bons. tal como os filmes da Disney não acabam mal.

Não significa que o está para trás é menos bom. Nada disso. Mas de nada adianta ficarmos agarrados à mão dos dias que passaram. Às histórias que já vivemos. A quem passou por nós. Guardemos boa memória. E sigamos em frente.

Também não significa que o que aí vem é só bom e feliz. Com certeza. A vida é preenchida por esta linha que vivemos e que umas vezes sobe e outras desce. É assim.

O medo? Está lá. Óptimo. Ajuda-nos a ter mais consciência dos riscos, das conjunturas, dos impactos. Não lhe demos mais espaço do que o que precisa ocupar. Não nos concentremos demais no medo.

O medo tem uma sede grande de protagonismo. Ou nós damos-lhe o protagonismo que nem sempre merece. Afinal há muitas outras coisas que ajudam os dias a brilhar mais e a serem mais qualquer coisa.

A começar já amanhã: abrir ainda mais a janela do dia, para deixar entrar esse brilho, todas as coisas, boas e menos boas, que estejam para vir.

Cláudia Nogueira

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