Não tente ludibriar os outros. Por melhor que seja o seu sorriso falso, só engana a pessoa que está à sua frente. De acordo com um estudo realizado na Michigan State University, nos Estados Unidos da América, a sinceridade com que sorrimos, bem como a ausência dela, tem consequências na forma como nos sentimos e no modo como nos relacionamos com os outros no nosso dia a dia. A investigação conclui ainda que, ao longo do estudo, as mulheres foram mais afetadas pela atuação superficial (sorriso falso), na medida em que o seu humor piorou mais do que o dos homens.

Por outro lado, elas foram mais ajudadas pela «atuação profunda» (sorriso sincero) na medida em que o seu humor melhorou mais. Em 2012, um estudo apresentado numa conferência sobre neurociência em França revelou também algo surpreendente no que se refere ao sorriso. De acordo com os investigadores que o conduziram, nas empresas, os trabalhadores que são brindados com um sorriso pelos seus hierárquicos superiores tendem a interpretá-lo como um gesto apreciativo, o que nem sempre sucede.

Segundo a investigação, levada a cabo pela Universidade de San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos da América, as chefias que se sentem superiores em relação às pessoas que lideram e coordenam tendem a sorrir-lhes mais por uma questão de afirmação de poder. O estudo, que dividiu 55 voluntários em dois grupos, permitiu constatar que, na presença de colegas com o mesmo tipo de funções e de poderio, esses chefes tendem a ser menos sorridentes. «Nessa situação, sentem-se mais ameaçados pelos seus pares», refere Evan Carr, um dos investigadores.