Desafiar alguém a aceitar-se não é um trabalho fácil, mas é o meu!

Aceitarmo-nos obriga-nos a deitar por terra um sem número de ideias que construímos nas nossas cabeças do que os outros 'fazem' lindamente. da forma como outros constroem palcos e situações de brilho. De como são brilhantes.

Aceitarmo-nos coloca-nos perante as nossas fraquezas, claro. Mas porque não começar pelas nossas forças? Pelo que temos de absolutamente diferente? Não seria melhor? E menos doloroso, eventualmente?

Podemos pura e simplesmente deixar-nos ficar pelo extraordinariamente simples. Por aquele pormenor que é tão maior em nós.

Porque razão não há-de ser precisamente aquele pormenor a marcar a nossa passagem?

Se olharmos para outras pessoas que se destacaram ou destacam, o que têm de tão diferente que os coloque tão acima de nós todos?

E assim, aquela velha frustração que vive em nós, que nos repete continuamente que temos de mudar, que temos de fazer exatamente como aquele outro, do que devíamos, deixa de ter lugar.

A nossa cabeça pode então ficar mais liberta para o que realmente interessa: a minha característica mais forte pode ser uma qualidade de verdade. por que não?

Deveria ser mais fácil do que a incessante busca por todos os defeitos que habitam e nós.

Na verdade, se sentássemos a uma mesma mesa qualidades e defeitos não seria uma deliciosa reunião / refeição? Se lhes pedíssemos que trouxessem, cada um, uma bebida, uma entrada, uma salada, um prato principal, uma sobremesa... não seria magnífico?

Então porque insistimos em qualificar e separar pelo bom e mau, pelo correcto e pelo que não é, o que é mesmo nosso? E porque insistimos em invejar o que não é?

Uma coisa é certa: de cada cliente que me procura, a quem desafio a aceitar-se, o resultado final é um enorme sorriso. na cara e na alma.

Primeiro há a dúvida. depois a dor. o confronto não é fácil. é verdade. Mas quando o olhar vai mais fundo, mais dentro, e reencontra qualidades velhas amigas, o mundo ganha uma nova cor. Uma nova musicalidade. É quando conseguimos avaliar o que fazer com aquelas qualidades. o que vamos acrescentar ao mundo. O nosso. os dos que vivem connosco cada dia. cada desafio.

O sorriso torna-se, na verdade, numa gargalhada. num passo de dança. num reencontro.

Por isso, olhe para si, para a enorme lista que faz de si exactamente o que é. De valores. de vivências. de reacções. Deixe que os resultados saiam naturalmente. Não bloqueie a saída, que é como quem diz, não se critique. Encoraje antes.

Olhe para o resultado. e veja o que traz de novo ao mundo.

Se conseguirmos perceber o que somamos ao mundo - o nosso e o dos que o partilham connosco - ganhamos toda uma nova expressão. dos dias e da vida.

Uma maravilha, Portanto, vamos a isso?

Cláudia Nogueira

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