Todos os dias temos determinados tipos de comportamentos ditos normais e alguns estranhos. É interessante verificar que a maioria é de facto parte do nosso dia a dia. Veja esta listagem de coisas que fazemos todos os dias e descubra um pouco mais sobre si:

1 -Temos pequenas amnésias

É impossível lembrarmo-nos de tudo o que já aconteceu na nossa vida, mas porque de vez em quando nos esquecemos de coisas tão simples, como nomes, locais, ou palavras? Muitas coisas podem causar esse salto na nossa memória, como stress e sono insuficiente. Apesar da "falha" eventual de memória ser normal, o aumento do uso de tecnologias tem feito com que muitas informações não sejam nem armazenadas pelo cérebro. Afinal, caso seja preciso lembrar-se de algo, basta procurar no seu telefone ou na net certo? Errado! Treinar a memória continua a ser muito importante para que os lapsos não se tornem em algo sério.

2 - Fofocamos

A maioria das pessoas sente prazer em trocar informações sobre outras pessoas. O interessante sobre a fofoca é o papel aproximador que ela tem entre as pessoas. O primatologista da Universidade de Oxford, Robin Dunbar, compara esse comportamento com o dos primatas que dedicam uma enorme quantidade do tempo a tirar insetos dos pelos dos companheiros. A fofoca tem a mesma função nas sociedades humanas atuais. “Quando duas pessoas compartilham um descontentamento em relação a outra pessoa, elas acabam por se aproximar”, explica Jennifer Bosson, psicóloga da Universidade do Sul da Flórida.

3 - Soltamos gases

Cada pessoa liberta cerca de 2L de gás – ou entre 15 e 20 puns – por dia.Os gases são consequência da atividade das bactérias do nosso intestino, que nos ajudam a quebrar os alimentos em partes menores que podem ser absorvidas, e no processo liberam metano, enxofre e sulfeto de hidrogénio.

4 - Fazemos mal a nós próprios

O ser humano fuma, bebe, usa drogas, come mal e vive em stress, mesmo sabendo que isso é mau para a saúde. Além de pré-disposição genética para alguns hábitos viciantes, algumas pessoas podem ter comportamentos de risco porque não estão realmente a pensar nas consequências das suas ações, de acordo com Cindy Jardine, da Universidade de Alberta.

5 - Sonhamos

Uma das características menos compreendidas do ser humano é a habilidade de sonhar. Os cientistas não estão completamente certos sobre o que nos leva a fazer isso, mas uma teoria do psicólogo Deirdre Barrett, da Universidade de Harvard, sugere que as pessoas sonham para resolver problemas. A paisagem rica em imagens dos nossos sonhos ajudam-nos a ver os nossos problemas de formas diferentes das que vemos quando estamos acordados. Esse pensamento livre ajuda-nos a resolver questões que não conseguimos resolver quando acordados.

6 - Choramos

É muito estranho que uma emoção faça os nossos olhos derramarem água. Entre todos os animais, somos os únicos que choramos por emoção. O choro não serve apenas para comunicar os nossos sentimentos para os outros, mas também para livrar o corpo de algumas hormonas indesejadas e outras proteínas que são produzidas em momento de stress, produzindo uma sensação de alívio.

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7 - Beijamos

O beijo permite que as pessoas tenham acesso ao cheiro e gosto dos parceiros sexuais em potencial. A saliva carrega sinais químicos que indicam se a pessoa está doente ou saudável, por exemplo, e no caso das mulheres até sobre o seu ciclo menstrual. Além disso, a pele ao redor do nariz das pessoas é coberta com óleos que contêm ferormónios, substâncias químicas que trazem informações sobre a pessoa. É por isso que ao beijar uma pessoa pela primeira vez podemos nos sentir mais ou menos atraídos por ela.

8 - Pensamos na morte

O ser humano diferencia-se dos outros animais porque consegue entender que o nosso tempo de vida é limitado. A psicóloga Pelin Kesebir, da Universidade de Wisconsin-Madison, explica que pensamos nisso com muita frequência. “A nossa mente torna-nos dolorosamente conscientes sobre a inevitabilidade da morte.” Esse tipo de pensamento pode causar ansiedade em alguns, enquanto pode trazer sensação de clareza e sabedoria para outros.

9 - Ficamos aborrecidos

Se parar para analisar, a sensação de tédio é muito estranha. Vivemos num mundo repleto de coisas para fazer e a nossa própria cabeça oferece muitos pensamentos para nos manter ocupados. Mesmo assim, de vez em quando sentimos aquele desespero por não estarmos envolvidos em nada. A verdade é que o tédio não está relacionado apenas com o nosso nível de envolvimento com uma atividade. Ele surge da falta de engajamento neurológico, o que traz uma sensação de frustração ou desinteresse. Algumas pessoas são mais propensas a sentir tédio do que outras, e isso depende de aspetos psicológicos e também da idade. Pessoas ao redor de 22 anos de idade tendem a sentir menos tédio do que adolescentes. “Nessa idade, o córtex frontal está na fase final de maturação, e essa parte do cérebro atua no autocontrole e na autorregulação”, diz James Danckert, professor de neurociência cognitiva na Universidade de Waterloo, em Ontario.

10 -Piscar os olhos 

Piscar os olhos não é um comportamento estranho, mas o nosso cérebro “edita” o que vemos para que aquele momento de escuridão não nos distraia. Várias áreas do cérebro estão envolvidas nesta atividade, que faz com que vejamos o mundo de forma contínua.

11 -Rimos

Psicólogos acreditam que esta resposta comportamental funciona como um sinal para os outros que espalha emoções positivas, contribuindo para a união do grupo. Pelo mesmo motivo, orangotangos e chimpanzés também sorriem para os durante as brincadeiras.

12 - Mentimos

Toda a gente mente. Uns mais que outros, é certo. Muitas vezes é apenas uma questão de omitir alguma coisa que não estamos com vontade de compartilhar ou em situações sociais em que somos forçados a elogiar alguém mesmo sem ser uma sensação 100% sincera. A verdade é que os pesquisadores não têm certeza sobre o que nos leva a mentir. O que eles sabem é que mentir é comum e a ação está ligada à inúmeros fatores psicológicos. Entre eles a autoestima. Robert Feldman, psicólogo da Universidade de Massachusetts, explica que a pessoa tende a mentir mais quando percebe que sua autoestima está ameaçada. “Não fazemos isso para impressionar as outras pessoas, mas para manter uma imagem de nós mesmos que seja consistente com o que gostaríamos que fosse”, explica ele. Já as pessoas que inventam informações totalmente falsas costumam fazer isso para evitar punições ou passar vergonha.

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