A pancreatite aguda é uma inflamação da glândula pancreática, uma condição grave que resulta muitas vezes na morte (necrose) de parte do pâncreas ou mesmo de todo o órgão.

No caso de uma pessoa saudável, o pâncreas é responsável pela produção de enzimas digestivas essenciais para a regulação do nível de açúcar no sangue, que são ativadas no trato digestivo. No caso da pancreatite, as glândulas pancreáticas são digeridas e aumentam a gravidade da condição, podendo chegar ao estado de necrose.

Para combater esta patologia, cientistas do Instituto de Terapia de Terapia Celular na Ucrânia desenvolveram um novo método de tratamento utilizando células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical.

"O ensaio clínico que deu origem ao tratamento decorreu entre 2008 e 2011 e contou com a participação de 179 pacientes, com idades compreendidas entre os 20 e os 80 anos, que apresentavam o quadro de necrose pancreática asséptica e abscesso pancreático. Deste grupo inicial, 73 pessoas foram tratadas com Pancrostem, o produto testado que utiliza células do sangue do cordão umbilical, como parte de um tratamento cirúrgico", destaca a Bebé Vida em comunicado.

Os resultados do estudo revelaram que as intervenções com células estaminais provocaram melhorias significativas no tratamento e na taxa de sobrevivência dos pacientes.

O uso da terapia celular diminuiu significativamente a frequência de complicações pós-operatórias, melhorou a qualidade de vida dos pacientes e acelerou a recuperação desta condição difícil e muitas vezes fatal.

Na Ucrânia, desde 2012, já é possível tratar a necrose pancreática utilizando Pancrostem. Este produto está ainda a ser testado no tratamento de outras patologias como a cardiomiopatia, hepatite, cirrose hepática e diabetes tipo 2.

A pancreatite aguda é classificada como o terceiro distúrbio mais prevalente da cavidade abdominal causada, maioritariamente, pelo abuso de álcool e por cálculos biliares, e que requer a intervenção cirúrgica urgente.