A bexiga hiperativa é uam doença que se caracteriza por uma contração não inibida da bexiga. Numa pessoa em que a bexiga funciona de forma normal, quando o reservatório fica cheio, o músculo relaxa e aumenta, pouco a pouco, a vontade de urinar.

No caso das pessoas que sofrem desta síndrome, apesar de a bexiga nem chegar a encher, há contracções fora de tempo, o que resulta numa necessidade incontrolável de ir à casa de banho.

Adiar a procura de ajuda médica é uma opção que prejudica o tratamento, já que quanto mais cedo a doença começar a ser tratada, mais hipóteses existem de se conseguir ter sucesso. Há pessoas que têm resultados imediatos, outras nem por isso e é preciso adaptar o tratamento. Fique a conhecer agora os principais tratamentos para a bexiga hiperativa que prometem por fim à constante necessidade de ir à casa de banho:

Exercícios musculares do pavimento pélvico

Os exercícios musculares constituem uma forma de prevenção e tratamento de primeira linha em todas as mulheres com bexiga hiperativa com possível utilização nos sintomas que aparecem pós-parto. Podem ser realizados isoladamente ou com estimulação elétricas ou pesos vaginais. As pacientes devem ser ensinadas a contrair corretamente os músculos do pavimento pélvico e a executar vários exercícios musculares de acordo com os programas estabelecidas.

Terapêutica farmacológica

A farmacoterapia é o principal tratamento da bexiga hiperativa. Por exemplo, o Succinato de Solifenacina é uma das terapêuticas de primeira linha mais utilizada, com efeitos bastante eficazes na redução dos sintomas da patologia, como os episódios de urgência, ao permitir aumentar o intervalo entre a primeira sensação de micção e o ato de urinar de 12 para 31.5 segundos.

Tratamento cirúrgico

Em situações mais extremas ou que não respondem ao tratamento farmacológico (o que acontece apenas em 30% dos pacientes), podem ser necessárias medidas cirúrgicas mais radicais: desinervação da bexiga, modulação nervosa, ampliação da capacidade da bexiga ou, em último caso, derivação urinária. Depois disso, caso haja persistência dos sintomas, pode realizar-se a injeção de toxina bolutínica (Botox), na bexiga.

9 recentes descobertas

Os laboratórios farmacêuticos Astellas Pharma
apresentaram recentemente dados relativos ao desenvolvimento de uma nova
classe de compostos para o tratamento da bexiga hiperativa que
demonstrou melhorar significativamente os principais sintomas da doença,
nomeadamente a incontinência urinária e a frequência da micção.

Estes
são os resultados de dois ensaios clínicos de Fase III, efetuados em laboratórios da
Europa, da Austrália e da América do Norte.

Após 12 semanas de
tratamento com o composto administrado uma vez ao dia, o grupo de
doentes a fazer o fármaco apresentou melhorias consideráveis nos
sintomas de incontinência urinária e frequência da micção,
comparativamente com o grupo a quem não foi administrado. As melhorias
foram observadas a partir da quarta semana de tratamento.

Foi,
igualmente, evidente o aumento do volume de urina eliminada por micção
na visita final destes estudos. O fármaco obteve boa tolerância e baixos
níveis de efeitos adversos e, demonstrou ser um potente ativo dos
recetores no músculo da bexiga, facilitando o enchimento do órgão e o
armazenamento da urina.

Os resultados são muito animadores, pois
este poderá ser o primeiro tratamento oral para a bexiga hiperativa com
um mecanismo de ação completamente inovador. Ao contrário dos
antimuscarínicos, o fármaco atua melhorando a capacidade de
armazenamento da bexiga. Como as conclusões sugerem, há um grande
potencial para proporcionar uma nova opção de tratamento em pacientes
que continuam a sofrer de sintomas aflitivos de incontinência e
necessidade frequente de urinar.