Ao contrário da maioria das pessoas que suspira pela chegada do verão, sinónimo de calor, praia, férias, convívio, existem outros casos em que isso não acontece. Seja inverno ou verão, estas pessoas apresentam um medo descontrolado ao sol, fobia denominada por tanofobia.

O excesso de informação e alarmismo desmesurado levaram muitas pessoas a desenvolver um verdadeiro pânico ao sol, casos preocupantes para alguns especialistas que detetam um novo perigo para a saúde: a fotoproteção extrema.

Na opinião da dermatologista Manuela Cochito, «a tanofobia é menos perigosa do que a tanorexia mas, em casos extremos, pode colocar em risco a síntese de vitamina D» que, por sua vez, pode provocar cancro do cólon, da mama e da próstata. Como em tudo na vida, é no meio termo que se encontra a virtude.

Os sintomas

- Fugir sempre do sol, não só no verão e na praia, mas também no dia a dia, inclusive em casa.

- Fotoproteger-se de forma excessiva e reiterada, inclusive sem exposição solar, em todo o corpo.

- Usar gorros, óculos, roupa grossa e chapéus durante todo o ano, com ou sem sol.

As consequências

- Carência de vitamina D, necessária a todos os seres com esqueleto. Estra vitamina encontra-se em vários alimentos como leite, ovos, ostras, marisco, peixes azuis e fígado, mas a exposição solar é essencial para ajudar a sintetizá-la;

- A pele fica mais desprotegida de outras agressões, afinal o bronzeado é uma resposta defensiva do nosso corpo; se deixar de se defender torna-se mais vulnerável e sensível a doenças.

Texto: Madalena Alçada Baptista com Manuela Cochito (dermatologista)