Os genéricos têm tido um papel determinante no acesso ao medicamento e na redução das desigualdades em saúde. Veja-se o caso dos doentes crónicos mais desfavorecidos: com os genéricos podem fazer os tratamentos e ter uma vida melhor.

Os genéricos têm a mesma composição, eficácia e qualidade que os medicamentos de marca original, com a vantagem de serem quase sempre mais baratos. Outra vantagem é o facto de as as poupanças geradas com os genéricos permitirem ao Estado canalizar investimento para medicamentos inovadores. Daí o mote da campanha do INFARMED, autoridade nacional na área do medicamento: “Peça genéricos, não torne a saúde mais cara para todos”. Para mim, esta é uma mensagem que põe o dedo na ferida, já que a opção por medicamentos mais baratos não é só um direito que nos assiste, é quase um dever.

Se adotarmos este comportamento responsável para connosco e para com os outros, poupamos e criamos condições para haver mais medicamentos inovadores. Se tiver dúvidas, peça esclarecimentos ao seu farmacêutico. É dever das farmácias informar da existência dos genéricos e dispensar o mais barato. E lembre-se: estamos longe de alcançar o potencial de poupança com os medicamentos genéricos, o que se traduz em desperdício de recursos. Por isso, seja responsável. Peça genéricos. Por si e por todos.​

Texto de Mário Beja Santos (Técnico de Defesa do Consumidor)

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