DHEA. Quatro letras decisivas na juventude que o seu corpo exibe e na (falta de) vitalidade que o seu organismo manifesta.

Níveis baixos desta hormona estão associados a falta de desejo sexual e/ou a casos de osteoporose e de perda de massa muscular (no caso das mulheres) e a situações de aumento do risco de doença cardiovascular (entre o sexo masculino).

Produzida nas glândulas suprarrenais, a dehidroepiandrosterona (DHEA) «é um precursor dos androgénios, nomeadamente de testosterona, no caso das mulheres», explica Luís Romariz, médico especialista em medicina antiaging. Atinge um pico de produção por volta dos 25 anos».

A sua ação tem «efeitos próprios como aumentar a energia, a vitalidade e o bem-estar, promovendo a sensação de juventude. Para além disso, combate o stresse e melhora a imunidade, tendo uma ação benéfica ao nível da artrite e artrose», explica ainda o especialista.

Como manter esta hormona em equilíbrio

A solução passa pela alimentação. «Alimentos de baixa carga glicémica (como frutos secos ou vegetais de folha verde) conjugados com exercício de alta intensidade e treino intervalado favorecem a produção de androgénios, nos quais se inclui a DHEA. A insulina produzida em resposta à ingestão de hidratos de carbono tem um efeito negativo nessa produção», sublinha o médico.

«Alterações saudáveis ao nível do estilo de vida são benéficas, mas a pedra de toque é a compensação hormonal, sempre sob supervisão médica. A dosagem fora do limite pode ser ineficiente ou prejudicial, para além de que as hormonas devem ser optimizadas em grupo. Nas mulheres, os niveis aceitáveis situam-se entre 350 e 430 (mcg/ dL). Palpitações são o principal sintoma de sobredosagem», alerta ainda Luís Romariz.

Texto: Nelma Viana, Rita Miguel e Vanda Oliveira com João Jácome de Castro (médico endocrinologista e secretrário-geral da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia), Luís Romariz (médico especialista em medicina antiaging), Ricardo Gusmão (psiquiatra), Mário Sousa (médico ginecologista), Teresa Branco (fisiologista na gestão do peso) e Teresa Paiva (neurologista)