O magnésio é o segundo elemento mais abundante no interior das células, sendo essencial para mais de 300 reações do organismo, como a condução neuromuscular, a excitabilidade cardíaca, a contração muscular, a pressão arterial e o metabolismo da glucose, bem como da insulina.

A sua deficiência parece estar relacionada com diversas doenças crónicas como a doença de Alzheimer, a enxaqueca, a trombose cerebral, a hipertensão, a doença cardiovascular e a diabetes tipo 2.

As cãibras parecem ser mais frequentes em certos casos (durante a gravidez, na terceira idade, após o exercício físico e em algumas doenças neuromusculares) mas não há evidência suficiente de que estejam diretamente relacionadas com a deficiência em magnésio, exceto na grávida. Para evitar a deficiência em magnésio importa ingerir alimentos ricos neste mineral, como batatas e outros vegetais claros, nozes e espinafres.

Dada a incerteza das vantagens da sua toma, recomenda-se que não se utilizem medicamentos ou suplementos com magnésio sem confirmação da deficiência e recomendação médica. A toma indevida pode afetar doenças como a insuficiência renal e o bloqueio cardíaco ou neuromuscular, bem como interagir com a ação de outros medicamentos (certos antibióticos, medicamentos para a osteoporose como bifosfonatos e fluoreto de sódio e suplementos de cálcio).

Revisão científica: Maria Augusta Soares (professora na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa)