Nunca ninguém está preparado para a perda de um ente querido, o que acaba por provocar desespero, stress e ansiedade, quando tal se verifica.

«É fundamental prepararmo-nos nesta fase, que nos permite refazermo-nos da perda de alguém, evitando que a depressão se instale», alerta a médica e presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia Maria João Quintela.

Siga os conselhos desta especialista e ultrapasse este processo doloroso de forma mais tranquila:

- É importante que dê a si próprio o tempo necessário para fazer o luto, mas não deixe passar um mês sem pedir conselho médico, se vir que não está a conseguir reagir.

- Fale do que está a sentir com alguém amigo, com um médico, um psicólogo ou alguém da sua religião, se for o caso.

- É muito importante que não se feche em si próprio, apenas com o seu desgosto.

- Não tome medicamentos sem acompanhamento médico porque isso pode fazer com que o processo de luto não se desenvolva normalmente. Não fazer o luto é pior do que passar por esse processo.

- Acompanheo os trâmites ligado aos funeral e aos últimos atos necessários. Fugir nem sempre ajuda no processo de luto.

- Mantenha o contacto com a família e os amigos para não se isolar nesta fase de adaptação e faça os ajustamentos financeiros ou da casa necessários.

- Não se precipete, nem se desfaça dos seus bens sem refletir e, se necessário, aconselhe-se com um advogado da sua confiança.

Revisão: Maria João Quintela (médica e presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia)