Faz parte de um trio de doenças de que todos já ouvimos
falar.

Mas esse facto não impede que os números
relacionados com a hipertensão, colesterol e
diabetes não sejam elevados em Portugal.

Sabia
que são quase dois milhões os portugueses que
sofrem de hipertensão e cerca de metade não o sabe? O problema coloca-se também com a diabetes
que afecta cerca de meio milhão de pessoas,
assim como se estima que mais de metade dos
portugueses apresenta níveis de colesterol elevados.
Aprenda a defender-se desta ameaça.

Excesso de gordura

Traduz o excesso de colesterol (substância
gorda fabricada pelo fígado mas também
adquirida através de alguns alimentos) no sangue.
O organismo necessita de colesterol para o
desenvolvimento das paredes celulares e para
o desempenho
de outras funções importantes,
sendo que existem dois tipos de colesterol, o HDL
ou o bom colesterol (que nos protege de doenças
cardíacas) e o LDL ou mau colesterol.

O problema
é que, com a passagem do tempo, o colesterol
em excesso deposita-se nas paredes das
artérias, fazendo com que as placas que se
formam provoquem o estreitamento das artérias
e diminuam o afluxo de sangue ao coração.
Surge então a chamada aterosclerose, associada
a angina de peito, ataque cardíaco e AVC. O nível
total de colesterol não deverá ser superior a 190.

Factores de risco

O colesterol elevado pode
já fazer parte do seu código genético, assim
como ser incentivado por quadros como
diabetes, doenças da tiróide, excesso de peso e
tabagismo. Deixar de fumar ou manter um índice
de massa corporal normal são pois estratégias
a adoptar.

Uma dieta rica em alimentos que
ofereçam gorduras saturadas (frequentemente
encontradas em produtos de origem animal) e
colesterol, assim como pobre em fibras, também
contribui para a hipercolesterolemia.

Sinais de alarme

O colesterol elevado não apresenta
sintomas, por isso devemos estar atentos e
fazer análises regularmente. Alguns factores que
nos podem por em alerta são o facto de termos
antecedentes familiares e de sermos sedentários.

Defenda-se

1. Limite a ingestão de alimentos
ricos em gorduras saturadas:
manteiga, leite gordo, gelados,
carnes gordas, ovos, marisco,
produtos de charcutaria.

2. Aposte no consumo de alimentos
ricos em fibra – legumes,
leguminosas, produtos
hortícolas, fruta, cereais integrais.
As fibras ajudam a reduzir
a absorção de colesterol pelo
organismo, assim como favorecem
a redução da sua síntese.

3. Pratique exercício aeróbico
(nadar, caminhar a um bom
ritmo, andar de bicicleta ou
jogar ténis).

Texto: Claudia Marina