Tem vindo a ganhar adeptos no contexto das medicinas alternativas, mas os seus benefícios e inocuidade são questionáveis. Trata-se «de uma limpeza do intestino grosso, por meio da introdução direta no cólon de água morna destilada, através de uma cânula retal», descreve Jorge Canena, gastrenterologista.

A sua promessa tem atraído um crescente número de utilizadores na última década. 

«Alegam alívio de doença hemorroidária, revitalização da flora intestinal, recuperação da digestão e absorção de nutrientes, auxílio na prevenção do cancro do cólon e reto, estimulação da musculatura do cólon e reeducação do intestino para o tratamento da obstipação», elucida o especialista.

O veredito

«Não tem qualquer base científica e muitas das vantagens reclamadas não fazem sentido no estado da arte da medicina atual. Até ao momento, não foram relatadas consequências adversas, o que significa que é aparentemente segura, embora não haja evidência da sua importância ou eficácia», considera mesmo Jorge Canena.

Texto: Nelma Viana com Jorge Caena (gastrenterologista)