A hepatite C consiste numa doença do fígado provocada pelo vírus da hepatite C (VHC), que se encontra principalmente no sangue e nas células do fígado, onde pode provocar danos.

Quando o sangue de uma pessoa infetada pelo VHC entra na corrente sanguínea de outra pessoa.

 São vários os fatores de risco. Conheça-os e esteja atento:

- Injeção de drogas com material não esterilizado e partilha de material para inalar.

- Tatuagens e piercings com agulhas ou tinta não esterilizadas.

- Intervenções médicas ou dentárias com material não esterilizado.

- Partilha de objetos que possam conter sangue e, nos trabalhadores dos cuidados de saúde, acidentes com agulhas.

- Ter recebido uma transfusão de sangue ou produtos derivados do sangue antes de 1992.

- Sexo desprotegido com alguém infetado pelo VHC.

- Transmissão de mãe para filho durante a gravidez ou durante o trabalho de parto.

Fases de evolução

- Infeção aguda

Corresponde aos primeiros seis meses após a transmissão do VHC. 80% das pessoas  não têm sintomas, o que dificulta o diagnóstico. Quando ocorrem, os sintomas incluem  febre, fadiga, dor abdominal, náuseas, vómitos, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelos). Algumas pessoas conseguem eliminar o vírus espontaneamente, sem tratamento, mas é menos provável em pessoas infetadas pelo VIH.

- Infeção crónica

Corresponde ao período a partir dos seis meses de infeção. Algumas pessoas nunca irão apresentar lesões ou sintomas, enquanto outras podem sofrer de fadiga, depressão,  confusão mental e fibrose (cicatrizes no fígado) ligeira ou moderada. Nas pessoas seropositivas para o VIH, a doença progride mais rapidamente.

Texto: Rita Miguel com Maria José Campos (médica internista do conselho consultivo do GAT - Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA)