Aliviar os sintomas de doenças graves, curar problemas menores e fortalecer o sistema imunológico, conservando o equilíbrio, são os objectivos da fitoterapia.

O primeiro texto sobre plantas medicinais data do ano 3000 a.C. e foi escrito pelos sumérios, um povo oriental. Sabe-se também que no Egipto, Cleópatra utilizava aloe para potenciar a sua beleza e hoje esta planta é usada, por exemplo, para tratar queimaduras solares.

A principal vantagem da fitoterapia é que, embora a sua acção seja profunda, não agride o organismo, pois estimula as defesa através das propriedades curativas de extractos de plantas, flores, árvores e ervas.

Princípios curativos

25% dos medicamentos tradicionais contém substâncias de origem vegetal, já os fitofármacos são medicamentos elaborados a partir dos princípios activos vegetais. Estes princípios são as vitaminas, os minerais, os hidratos de carbono, os micro elementos e agentes curativos específicos que ajudam o corpo na sua luta contra a infecção. Especialmente, as ervas usam-se para aliviar doenças e impedir que esta volte. Também servem para desintoxicar o organismo.

No entanto, a fitoterapia tem limites. Não trata doenças graves, como o cancro, a diabetes e a SIDA, mas pode aliviar os seus sintomas, fortalecer o sistema imunológico e melhorar o bem-estar.

Principais indicações

Reforçar as defesas: As plantas contribuem para sedar órgãos hiperactivos.

Relaxar os músculos e os nervos tensos: Tratar problemas ósseos ou articulares.

Tratar de problemas de pele como o eczema, transtornos urinários como a cistite e doenças digestivas, como a gastrite.

Melhorar a circulação e controlar o colesterol.

Cuidar do fígado: Para inflamações hepáticas recomenda-se uma planta chinesa (desmodium) e o fungo de reishi. Os seus triterpenos são anti-inflamatórios, redutores de colesterol e de triglicéridos, anti-hipertensores e protectores de fígado.

Com prescrição médica

A fitoterapia consiste na prescrição da planta medicinal que seja mais adequada a cada pessoa. Estudam-se os sintomas, o estilo de vida e as características físicas e psíquicas.

Para eliminar os problemas através da fitoterapia é necessário prescrição personalizada e melhorar os hábitos (comer de forma saudável e fazer exercício moderado).

Como se administram

Tradicionalmente, consomem-se em infusões. Mas agora também se apresentam sob a forma de tinturas, cremes, unguentos, tabletes, cápsulas, compressas, supositórios e óleos para o banho.

As cápsulas são o formato mais revolucionário, pois pode-se medir a eficácia e são mais higiénicas.

Cuidados a ter para evitar efeitos secundários

A fitoterapia é segura quando é usada de forma correcta. É um erro pensar que natural significa inofensivo.

- Respeite a dose recomendada ou poderá sofrer interacções e outros efeitos secundários. Por exemplo, o hiperico pode produzir fotossensibilidade.

- Recorra a um especialista antes de administrar qualquer substância de fitoterapia a crianças.

- Prescinda delas durante a gravidez.

- Deve comprovar a compatibilidade e, sobretudo saber se pode usar em simultâneo plantas medicinais e medicamentos convencionais.

- Antes de uma intervenção cirúrgica, avise o médico caso tome fitofármacos.

- Algumas plantas, como o ginko biloba, ginseng, gengibre, alho, hiperico, entre outras, podem interferir na anestesia, alterar a tensão arterial e aumenta o risco de hemorragia na operação.