As DST ou doenças sexualmente transmissíveis são doenças transmitidas durante o contacto sexual, independentemente de este ser anal, vaginal ou oral.

Nalguns casos e para algumas doenças, a transmissão pode ser feita pelo simples contacto com a pele da zona afetada. Em Portugal, a preocupação relativamente às DST assenta essencialmente e fundamentalmente na prevenção de doenças como o VIH/SIDA ou as hepatites.

Não se tem dado tanta relevância a doenças como a gonorreia e a clamídia, que nos últimos anos têm vindo a aumentar o número de infetados. «Apesar de a maioria das DST não ser potencialmente fatal, como no caso do VIH, podem ter consequências graves e levar a problemas como a infertilidade tanto no homem como na mulher», esclarece Bram Brons, médico da clínica online euroClinix. Seguem descritas as doenças sexualmente transmissíveis mais prevalentes, a forma de prevenção e tratamento mais indicado.

Gonorreia

A gonorreia é uma infeção bacteriana causada pela Neisseria gonorrhoeae, que afeta ambos os sexos e se caracteriza pela presença de um corrimento anormal no pénis e vagina, concomitantemente com dor ou ardor ao urinar e dor durante o sexo. O tratamento é feito com antibióticos e deve ser seguido à risca para evitar complicações como a doença inflamatória pélvica ou a infertilidade.

Clamídia

A clamídia é uma DST comum, que apesar de passar muitas vezes despercebida devido ao seu carácter assintomático, pode levar a sintomas como a dor ao urinar, corrimento anormal pelo pénis e vagina e hemorragias após o sexo nas mulheres. Por ter origem bacteriana, a clamídia é igualmente tratada com antibióticos. Tal como a gonorreia, a clamídia pode causar doença inflamatória pélvica e infertilidade, principalmente no sexo feminino.

Herpes genital

O herpes genital é causado pelo vírus do
herpes simplex (VHS), sendo responsável pelo aparecimento de surtos de
vesículas dolorosas nos genitais. Para além da transmissão sexual, o
herpes pode ser transmitido pelo contacto com a pele infetada. O herpes
não tem cura, sendo que permanece para sempre no organismo uma vez
infetado. Os tratamentos antivirais disponíveis ajudam a controlar a
infeção, facilitando a recuperação e o desaparecimento dos sintomas.

Verrugas genitais

As verrugas genitais são pequenas protuberâncias que se desenvolvem nos genitais como sintoma da infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

O contacto com a zona infetada é suficiente para a transmissão do vírus.

As verrugas ser eliminadas com a ajuda de cremes ou soluções de aplicação tópica e em caso mais graves como recurso à terapia laser ou crioterapia.

VIH

O VIH ou Vírus da Imunodeficiência Humana pode ser transmitido pelo contacto sexual com uma pessoa infetada, bem como pela partilha de objetos cortantes ou agulhas e pela transfusão sanguínea de sangue contaminado. O VIH não tem cura e pode levar no seu último estágio à SIDA, responsável pelo enfraquecimento do sistema imunitário ao ponto de o organismo não conseguir combater infeções potencialmente mortais ou o cancro.

Prevenção

Para evitar a transmissão de doenças sexuais deve conhecer as doenças mais prevalentes e como estas se podem transmitir. No caso das doenças de origem bacteriana ou do VIH, a utilização do preservativo na prática de sexo oral, vaginal ou anal é fundamental para evitar a contaminação, bem como a utilização do lençol ou dique de borracha no caso do sexo oral na mulher.

Evite o contacto sexual quando estão presentes verrugas genitais ou vesículas características do herpes genital, uma vez que o simples contacto com a pele pode ser suficiente para a transmissão dos vírus. Uma das vacinas para a prevenção do cancro do colo do útero causada pelo vírus HPV também pode proteger contra duas das estirpes responsáveis pelas verrugas genitais.

As mulheres entre os nove e os 26 anos podem prevenir, para além dos cuidados citados acima, com esta vacina. As infeções como a candidíase ou a cistite não são consideradas doenças de transmissão sexual. Porém, podem, no entanto, agravar-se depois do sexo.

Texto: Clínica euroClinix