É a forma menos frequente de Degenerescência Macular da Idade (DMI), representando 10 a 20% dos casos.

Pode conduzir à perda irreversível de visão (de leitura ou visão central) num espaço de semanas ou dias, sendo responsável por 90% dos casos de cegueira provocada por esta doença.

Causas

Esta forma de DMI resulta do surgimento de novos vasos sanguíneos anómalos e muito frágeis na retina (neovasos), que vertem líquido ou rebentam, originando uma hemorragia que danifica o tecido macular e, por conseguinte, a visão central.
Sinal de alerta
Visão distorcida e perda rápida de acuidade visual.
Tratamentos mais usados

Fotocoagulação por laser térmico

Através da utilização de uma luz de alta energia, sela os neovasos na origem da degenerescência. Apesar de criar um ponto cego permanente no campo de visão, evita que ocorra uma maior deterioração da visão em termos globais. Segundo Rufino Silva, "este tratamento é viável apenas quando os neovasos não estão situados no centro da mácula (em menos de 5% dos casos)".

Terapêutica fotodinâmica

Consiste na injecção intravenosa de um fármaco que se acumula nos vasos anormais e é accionado por uma luz de baixa intensidade de forma a destruí-los. O procedimento tem de ser repetido periodicamente, e a visão pode melhorar para o dobro em cerca de 6% dos caos.

Tratamento com injecção intra-vítrea de anti-angiogénicos

Trata-se de uma prática clínica mais recente. Os anti-angiogénicos são medicamentos injectados dentro do olho (praticamente indolor), na cavidade vítrea, que impedem o crescimento dos neovasos (actividade anti-angiogénica) e reduzem drasticamente a passagem de líquido através das suas paredes (actividade anti-permeabilidade).

Permitem aumentar a visão para o dobro em mais de um terço dos pacientes tratados e constituem a primeira arma terapêutica na maioria dos casos de DMI exsudativa.
A injecção tem de ser repetida na maioria dos casos sendo necessário vigiar a evolução da doença com uma periodicidade que varia entre 4 a 6 semanas.

Dispositivos ópticos

Quando a doença provoca uma perda grave e irreversível de visão, o doente pode beneficiar da utilização de dispositivos ópticos para baixa visão, como aparelhos de aumento e material de leitura impresso em letras grandes, de forma a melhorar a sua qualidade de vida.

Saiba mais em:

Clube viVER
Telefone: 808 20 40 40
Internet: www.clubeviver.com
http://www.dmi.com.pt/
www.oftalmologia.co.pt

Texto: Fernanda Soares
Revisão científica: Dr. Rufino Silva (oftalmologista dos Hospitais da Universidade de Coimbra)