O primeiro caso foi descoberto em pleno século XIX pelo neurologista francês Jules Cotard. O estado quase vegetativo da atividade cerebral, a degradação e decomposição dos órgãos e a falta de batimento cardíaco são alguns dos sintomas associados a esta patologia que também é conhecida como a doença do cadáver ambulante. Os pacientes deixam de comer, dormir, tomar banho, de reagir a estímulos exteriores e socializar.

“Eu trabalhei com pacientes que acreditavam que estavam mortos, que viviam na terra ou no inferno e estavam convencidos que o seu corpo não funcionava”, afirma o médico Michael Birnbaum em entrevista ao site Yourtango.com. “A síndrome de Cotard está associada à esquizofrenia, onde os indivíduos lidam com experiências psicóticas. Esta doença também está presente em indivíduos que sofrem de depressão”, remata.

Vários pacientes que ultrapassaram a doença alegavam sentir uma enorme apatia e desinteresse perante o mundo que os rodeava e que o cemitério era um dos lugares onde procuravam refúgio. Dependendo do casos, podem-se passar anos até a doença ser diagnosticada. Apesar da ainda não se saber o que está na sua origem, a verdade é que a síndrome de Cotard tem tratamento, sendo estritamente necessário o acompanhamento médico adequado que alia a combinação de fármacos e psicoterapia.