Para minimizar os efeitos negativos da colonoscopia, um grupo de cientistas israelitas criou uma cápsula, já disponível em Portugal, que fotografa todo o intestino.

Para examinar o cólon, o doente tem apenas de tomar a cápsula com um copo de água e prender um gravador de imagens à cintura. No final do dia, entrega o gravador e o médico avalia se é necessário fazer uma colonoscopia para extrair polipos que tenha localizado nas imagens.

A partir de agora, a colonoscopia só será necessária se houver polipos para tirar, o que significa que apenas 20% das pessoas terão de se submeter ao exame invasivo.

Na opinião do especialista Nobre Leitão, director clínico do Hospital dos Lusíadas, um dos locais onde este método de diagnóstico já está disponível, trata-se de um exame não invasivo, isento de risco e com uma capacidade de visualização semelhante à da colonoscopia, o método padrão para rastreio, por exemplo, do cancro do intestino, um dos que mais mata em Portugal.

Até agora, a colonoscopia era feita através de um tubo flexível com cerca de 1,4 metros de comprimento e 11 milímetros de diâmetro, um exame que provoca um grande stress físico e psicológico, precisa de sedação para não ser desconfortável e, pontualmente, está sujeito a complicações.