Todos os anos são diagnosticados dez mil novos casos de cancro de pele dos quais 20 por cento são mortais, revelam as estimativas nacionais.

A população feminina é o principal alvo da patologia, cuja incidência tem aumentado nos últimos anos.

Tomar precauções para que o sol não ponha em risco o seu futuro é o desafio que lhe propomos.

A exposição solar intensa, seja prolongada ou intermitente, pode originar esta patologia que se divide em dois tipos principais, melanoma e epitelioma (basocelular e espinocelular). O primeiro, formado a partir das células que dão cor à pele (melanina), é o mais maligno, sendo registados cerca de 800 novos casos anuais no nosso país, segundo a Liga Portuguesa contra o Cancro. O epitelioma é mais comum a partir dos 50 anos.

O basocelular surge primeiro como uma mancha rosada que se torna vermelha, enquanto o espinocelular tem uma aparência rugosa e uma evolução mais rápida. Muna-se de um espelho e inspecione cada milímetro da sua pele em busca de sinais suspeitos.

Comece pelos braços, tronco e pernas sem esquecer áreas menos acessíveis como a planta dos pés, entre os dedos, a zona genital e até o couro cabeludo. Repita este exercício a cada dois ou três meses. Caso detete alguma alteração na cor, forma, tamanho ou textura de um sinal informe o seu médico.

Para-raios

Na hora de escolher um filtro solar, certifique-se que protege tanto contra os raios UVB, que causam queimaduras solares e cancro cutâneo, como contra os raios UVA (responsáveis pelo cancro e envelhecimento cutâneo prematuro). Por recomendação da Comissão Europeira, os índices estão a ser substituídos pelas designações de proteção fraca, média, alta e muito alta.

Tome nota! Mesmo se bronzeia com facilidade use proteção média ou alta (índices entre os 15 e os 50), caso tenha a pele clara aposte numa proteção muito alta (50+). Cerca de 57 por cento dos europeus pensa que o rosto requer mais proteção do que o corpo, diz um estudo da European Cancer Leagues.

É o seu caso? Então, está na hora de mudar de atitude. Aplique uma porção generosa de protetor solar em todo o corpo sem esquecer as zonas frágeis como as orelhas, pescoço, nariz, lábios, mãos ou pés. E lembre-se que o tom bronzeado que vai adquirindo não lhe oferece proteção.

Mapa solar

O aumento de altitude ou o contacto com a água e areia, que refletem os raios, potenciam a ação nefasta do sol. Se viaja para destinos tropicais recorde-se que a proximidade do Equador aumenta, por si só, os riscos da exposição solar.

Prefira a sombra, evite expor-se entre as 11h e as 17h e reforce a aplicação do protetor solar, a cada duas horas. Consulte o índice de raios ultravioleta no site www.meteo.pt e fique a saber os valores previstos para a sua cidade. A partir do índice três aplique sempre protetor solar.

Texto: Manuela Vasconcelos