Este órgão é responsável pela secreção de substâncias nutrientes e fluidificadoras do sémen, assim como pela sua emissão através da ejaculação. Situa-se na confluência das vias genital e urinária, atravessada pela uretra.

O cancro da próstata representa a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão. É, no entanto, o cancro mais frequente no homem acima dos 50 anos.

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Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente 3.500 a 4.000 portugueses, sendo que 1800 acabam por morrer. Representa cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro.

Fatores de risco, sintomas e diagnóstico

Apesar das causas do cancro da próstata não serem conhecidas, sabe-se que o fator hereditariedade, a idade e a raça negra têm um grande peso.

A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial.

Esta vigilância pode começar por volta dos 45 anos nos doentes sem fatores de risco devendo ser antecipada para os 40 anos de idade nos doentes de risco, e consiste no exame do toque retal e no doseamento do PSA (o antigénio específico da próstata), no sangue.

No toque retal é efetuada a palpação da próstata através do reto e permite verificar o tamanho e a consistência do órgão assim como a presença de nódulos.

O PSA á uma proteína produzida pela próstata e que pode estar elevada em caso de cancro da próstata.

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Quando existe uma alteração no exame do toque rectal e/ou no doseamento do PSA deverá ser efetuada uma biópsia prostática. Esta biópisa da próstata que é a única técnica capaz de confirmar o diagnóstico é atualmente guiada por ecografia ou RMN e praticamente indolor.

Tratamento do cancro da próstata

Apesar de ser a segunda causa de morte por cancro no homem, quando detetado precocemente a possibilidade de cura é de cerca de 85%.

Embora existam diferentes opções terapêuticas, a prostatectomia radical é o tratamento mais eficaz para o cancro da próstata localizado. Com o desenvolvimento tecnológico, esta cirurgia que era habitualmente efetuada por via aberta, pode atualmente ser executada por via laparoscópica, e, mais recentemente, por via robótica, podendo diminuir assim as consequências associadas, nomeadamente a incontinência urinária e a disfunção erétil.

Nos doentes que, por questões médicas ou pessoais, não possam ser submetidos a cirurgia, a radioterapia externa com raios Gama ou a Braquiterapia são outras das opcções terapêuticas com intuito curativo.

As explicações são de Rui Borges, Médico Especialista em Urologia no Hospital Lusíadas Porto.