Na primavera e no verão, gostamos de dar uma nova vida às nossas casas e uma das coisas que mais nos aborrecem é encontrar manchas de mofo nas paredes e superfícies.

Porém, o perigo não é só para a decoração mas, sobretudo, para a nossa saúde e a dos nossos filhos. Esta é, por isso, a ocasião perfeita para atacar o problema.

Numa altura em que aumentam as existe a necessidade de reduzir a exposição de adultos e crianças, sobretudo as mais pequenas, à presença de mofos e outros fungos, alérgenos de ácaros, bactérias e vírus no ar, de forma a prevenir o desenvolvimento, nos anos seguintes, de múltiplas alergias, bem como evitar a contaminação cruzada em infantários e escolas. E, porque prevenir é melhor que tratar, é importante garantir que os pequeninos respiram um ar mais saudável, dentro dos padrões recomendados.

O que é, afinal, o mofo?

Mofos, também chamados bolores, são espécies de fungos que se desenvolvem na matéria orgânica e a decompõem. Dado que podem causar doenças respiratórias é necessário combatê-los nos ambientes internos, o que não é fácil, pois quando os podemos visualizar nas superfícies é porque já se reproduziram (por esporos invisíveis a olho nu) aos milhares.

Nessa altura deixam-se ver, em manchas esbranquiçadas, esverdeadas, azuladas, mais ou menos escuras…Estes denunciam a sua presença pela cor e, pior, pelo cheiro. Adeptos da humidade e calor, instalam-se geralmente nas nossas casas de banho, cozinhas e sistemas de climatização, bem como em redutos mais escuros e pouco arejados, como armários, roupas, gavetas e não só.

Podemos ficar doentes devido ao mofo?

Infelizmente sim, dizem especialistas. É o caso de Cristiane Minussi, médica doutorada em fungos pela Universidade de Harvard e diretora da divisão de biologia da Airfree, empresa que desenvolve e comercializa equipamentos de purificação do ar. É que, ao contrário do que se imagina, o mofo não são apenas fungos que desfeiam as paredes e têm um odor desagradável.

Além do seu aspeto e do cheiro que se faz sentir em certas divisões da casa e armários, os efeitos nocivos para a saúde são tantos que as doenças fúngicas estão consideradas de alto risco, com a atribuição de taxas de mortalidade bastante elevadas. O alerta está a ser dado a nível mundial, na sequência de estudos que comprovam o grau de perigosidade do mofo para a saúde das crianças, nomeadamente crises de asma, alergias respiratórias e infeções.

Os seus efeitos tóxicos são reconhecidos e, no caso dos adultos, também têm sido associados a depressões. Tudo isto com a agravante do alto custo medicamentoso e da dificuldade de diagnóstico. Para controlar o excesso da presença de microorganismos na casa, recorrer a equipamentos purificadores do ar pode ser uma solução.

Ao reduzir drasticamente a quantidade de esporos, mofos, alérgenos de ácaros, fungos, bactérias e vírus do ar, os esterilizadores do ar previnem e aliviam crises de asma e alergias, que nesta altura do ano são potenciadas pelas constipações e gripes. Os asmáticos e os alérgicos veem assim melhorada a sua qualidade de vida, com noites reparadoras de sono, redução de crises e poupanças em gastos de saúde.

Os truques de limpeza que não deve ignorar

Estas são algumas das recomendações mais comuns dos especialistas:

- Ajude a reduzir a humidade da sua casa abrindo as janelas durante cerca de 30 minutos diários

- Evite a entrada da água da chuva e conserte possíveis infiltrações e roturas, se possível num perído de 24 a 48 horas

- Faça a manutenção do sistema de ar condicionado com frequência - Realize a limpeza periódica de locais que acumulam humidade, tais como chuveiros, torneiras e pisos molhados

- Evite carpetes e plantas no interior da residência

- Utilize um pano ou esponja com a solução de um copo de cloro diluído num litro de água

- Esfregue o local com essa solução e depois limpe-o novamente com água e detergente. Deixe secar de seguida

- Nunca misture produtos à base de cloro com produtos à base de amoníaco, pois o resultado dessa mistura é extremamente tóxico

- Quando possível, após a limpeza deixe os objetos expostos ao sol. É importante que fiquem secos, pois se guardados húmidos estarão mais suscetíveis à contaminação

- Materiais porosos como madeira, tecidos, almofadas e colchões têm facilidade em reter água e permitem que a contaminação se instale profundamente, tornando difícil a sua limpeza. Evite-os!

- Caso os objectos porosos tenham sido contaminados, o ideal é descartá-los

- Durante o processo de limpeza, utilize sempre luvas, máscaras e um avental e mantenha o ambiente arejado durante a limpeza de locais contaminados por fungos. Mantenha sempre as crianças longe desta atividade