Tratam-se de compostos orgânicos ou inorgânicos que impedem o desenvolvimento ou destroem certas estirpes de micro-organismos. Na sua prescrição «é necessário avaliar caso a caso para que seja prescrito um tratamento específico, dirigido ao micróbio que provoca a doença, evitando os efeitos secundários», alerta António Brito Avô, médico pediatra, responsável português pelo projeto europeu de informação sobre o uso de antibióticos e vacinação e-Bug em 2011.

Embora considere que «a atitude está a mudar e que os médicos estão cada vez mais conscientes do problema das resistências, ao contrário do que acontecia há 30 anos», o pediatra aconselha a «evitar os antibióticos de largo espetro, que atingem uma vasta diversidade de agentes infecciosos e que, em simultâneo, provocam um efeito devastador sobre a flora bacteriana necessária ao normal funcionamento do organismo».

Os efeitos secundários a ter em conta

Considerado um problema de saúde pública devido ao consumo abusivo durante décadas, António Brito Avô sublinha que «usar antibióticos sem prescrição médica, tomar o medicamento durante um período mais reduzido do que o indicado pelo médico, bem como ingerir doses erradas contribui para a destruição de bactérias mais frágeis e torna-se ineficaz no combate às infeções, podendo gerar complicações de saúde graves».

«A prescrição mal efetuada destrói toda a fauna bacteriana normal, que é imprescindível ao equilíbrio biológico com o exterior», refere ainda o especialista. No que se refere à duração da toma, esta varia «conforme a estirpe do agente infeccioso responsável pela doença e o próprio estado da infeção, mas a toma nunca deve ser interrompida antes da data indicada pelo médico», sublinha ainda o médico pediatra.

Texto: Fátima Lopes Cardoso com António Brito Avô (médico pediatra)

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