É a doença que muitos homens mais temem.

Em Portugal, morrem, em média, por ano entre 1500 e 1800 homens por cancro da próstata.

O número poderia ser menor se todos os homens se submetessem a uma vigilância anual a partir dos 50 anos, uma prática que ainda está longe de ser comum.

Outra das ações preventivas passa pela alimentação, uma preocupação que nem sempre está no topo das prioridades dos que correm mais riscos de poder vir a sofrer desta doença. «Vários estudos apontam para uma ligação entre o tipo de alimentação e o aparecimento do cancro da próstata. No caso da vitamina E, um potente antioxidante, os estudos demonstraram que houve uma redução de 30 por cento dos tumores malignos no grupo de homens que consumiam esta vitamina, quando comparado com um grupo que não o fazia», refere Jorge Oliveira, urologista do Institutocuf diagnóstico e tratamento.

«Alguns estudos apontam ainda que a vitamina D, nutriente essencial que é sintetizado na pele sob influência dos raios ultravioletas da luz solar, inibe o crescimento de culturas de células tumorais da próstata, assim como outras substâncias em alimentos como o chá verde, as uvas, o vinho tinto e algumas especiarias, como o caril», sublinha ainda este especialista. Por outro lado, os licopenos, substâncias derivadas da vitamina A, existentes em alimentos como o tomate e outros produtos alimentares seus derivados, parecem ter a capacidade de travar as células cancerosas prostáticas, impedindo deste modo o desenvolvimento do tumor.

«O selénio que se encontra em muitas sementes, peixes, carnes de aves, ovos e que é um mineral essencial para o metabolismo da tiróide e sistema imunitário também é conhecido pelas suas actividades como antioxidante e como tal anti-cancerígenas», relembra o especialista. O tumor da próstata é um dos mais frequentes tumores no homem, representando uma importante causa de morte.

Sendo uma doença pouco habitual antes dos 50 anos vai, contudo, aumentando significativamente a sua ocorrência com o avançar da idade. Também com a idade, o comportamento da doença tem tendência para se modificar, justificando que as terapêuticas indicadas sejam diferentes e adaptadas à circunstância específica.