Em algum destes momentos, será inevitável, as quedas e os arranhões vão surgir.

Aliás, será difícil encontrar uma criança que não tenha, regularmente, os joelhos esfolados. Seja pela queda provocada por um empurrão distraído, ou porque andou a empoleirar-se. Este treino, as quedas, ajudam a crescer, a fortalecer a personalidade.

Por isso, os arranhões são normais nesta fase. Mas, mesmo sendo pequenos cortes, convém atuar de forma a prevenir o aparecimento de infeções, que podem tornar-se em situações mais graves.

Uma ferida é algo “anormal” na pele e estando desprotegida pode permitir a entrada no organismo de bactérias nocivas, oportunistas. Quando se abre uma ferida, o ideal será lavar, desinfetar e manter a zona limpa.

É preciso ter cuidado porque um pequeno arranhão pode infetar e tornar-se num problema de saúde mais grave.

A pele é um órgão extremamente sensível e uma barreira eficaz contra as bactérias. Mas se estiver danificada pode tornar-se mais vulnerável a infecções. Isto pode ser o resultado de um corte, uma escoriação, uma bolha, uma queimadura ou pode ser o resultado de pele gretada devido a má hidratação.

É na primeira fase de cicatrização que uma ferida fica mais susceptível a infeções. Por isso, deve atacar o problema logo no início com recurso, por exemplo, a um spray anti-séptico. Convém, por isso, ter sempre à mão e garantir que existe na enfermaria da escola.

Depois, é aconselhável ir cobrindo a ferida com um creme desinfetante que ajude a cicatrização da pele.

Os conselhos são válidos também para os adultos que, muitas vezes tendem a ignorar pequenos cortes que acabam por infetar. Tratar é sinal de cuidado e não de fraqueza!

Identificar uma infeção

Por mais pequena que seja, uma ferida pode infetar e provocar danos maiores na pele e no bem estar. Os sintomas de infecção podem incluir dor intensa à volta da ferida, inchaço, vermelhidão ou pus. Em alguns casos pode até levar a febre e gânglios inchados. Se sentir qualquer um destes sinais, deve usar imediatamente um produto anti-séptico e consultar um médico.

Depois, convém ter em mente os diferentes tipos de ferida. Os mais comuns são os arranhões/escoriações. Apesar de serem mais habituais nas crianças também “atacam” os adultos. Podem doer mas não deixam cicatrizes.

Os cortes sangram mais, porque os vasos sanguíneos são danificados, e podem ter profundidade variável. É neste tipo de feridas onde o risco de infeção por micróbios é maior.

Como tratar uma ferida?

Quando as feridas infectam a cicatrização torna-se mais difícil. Por isso, convém tratar logo que ocorra o acidente.

  1. Pressione a ferida com uma compressa esterilizada, até parar de sangrar.
  2. Lave bem com água corrente e higienize a ferida. Aplique o creme desinfectante e cicatrizante para ajudar a evitar infecções.
  3. Deixe a ferida destapada até que o creme seja totalmente absorvido.
  4. Verifique se o tamanho e profundidade da ferida justificam que seja feito um penso. Se for necessário faça-o com gaze e adesivos próprios. Evite algodão ou materiais que possam deixar resíduos agarrados à ferida.
  5. Se for uma ferida profunda ou muito suja, procure a ajuda de um profissional de saúde.
  6. Tenha especial cuidado com cortes feitos por objetos com ferrugem (ferros, pregos, ainda usados em alguns parques e jardins). Principalmente nestes casos, mesmo que tenha a vacina do tétano em dia, consulte um médico.