As fórmulas dos produtos para emagrecer, que têm ganho um maior protagonismo nos últimos anos, têm como objetivos gastar as reservas de energia, dissipando-a em forma de calor, e queimar a gordura que está em excesso no organismo, impedindo que esta se acumule. Mas será que garantem mesmo resultados positivos? «Os suplementos para emagrecer são eficazes, com algumas reservas», afirma a nutricionista Alva Seixas Martins.

«Para se obter resultados positivos, têm de ser adaptados à situação clínica de cada indivíduo, possuírem a dose certa das substâncias usadas e serem formulados de forma a serem absorvidos rapidamente pelo organismo», explica. Para esta especialista, a razão pela qual a maior parte dos suplementos não funciona está associada ao facto dos rótulos nem sempre serem exactos», sublinha.

«O que acontece é que alguns laboratórios não usam as quantidades recomendadas para que as substâncias ativas produzam efeito, por ser mais dispendioso», acrescenta. Veja também a galeria de imagens com 7 alimentos que reduzem a gordura abdominal e conheça as melhores opções de fruta para quem quer perder peso.

Ingredientes-chave

A cafeína e as fibras são os princípios ativos que melhores resultados têm demonstrado nos estudos científicos sobre estes produtos. «A primeira, se for usada corretamente, reduz o apetite e favorece a termogénese, enquanto as fibras solúveis promovem a saciedade, o que faz com que a pessoa não sinta necessidade de comer entre as refeições», revela Alva Seixas Martins.

O extracto de pinhão e o de chá verde também se têm revelado eficazes na luta contra a balança mas, de acordo com a nutricionista, apesar dos vários estudos científicos já realizados, são necessárias mais provas sobre a sua eficácia.

Duração do efeito

É durante o primeiro mês da ingestão dos suplementos para emagrecer que os resultados são mais positivos. «Têm um efeito de curta duração que deve ser aproveitado para motivar as pessoas no início de uma dieta», sublinha. «Quando se vê resultados rápidos, mais vontade se tem de continuar os hábitos alimentares salutares e a prática de exercício físico, fatores essenciais para a perda de peso», assegura.

Contraindicações

Os suplementos estão apenas desaconselhados a grávidas, doentes crónicos, jovens e idosos. Deve contudo ter em atenção que «podem interferir com medicamentos que a pessoa esteja a tomar, ou seja, um pode anular o efeito do outro ou provocar intoxicações devido à presença excessiva de determinada substância no organismo», sublinha Alva Seixas Martins.

Daí que seja recomendável que a ingestão destes produtos seja feita sob acompanhamento médico. «Só assim se pode evitar essas interacções, bem como as intolerâncias, pois há quem recorra a estes suplementos sem verificar se é alérgico aos componente que os constituem», alerta ainda a nutricionista.

Texto: Rita Caetano com Alva Seixas Martins (nutricionista)