Consumido em bebidas e com um sabor ligeiramente adocicado, Rooibos é rico em antioxidantes naturais que retardam os efeitos do envelhecimento.

Estas são as conclusões de um estudo do USDA Human Nutrition Research Center On Aging, nos Estados Unidos.

Já não é apenas África do Sul que conhece e aprecia a planta Rooibos. Desde que foi “descoberta” pelos europeus que as suas propriedades “passam” de boca em boca.

A sua bebida, com um paladar ligeiramente adocicado (que dispensa a adição de açúcar), apresenta uma grande versatilidade que a torna uma tendência a seguir.

Rooibos é realmente diferente! Graças às suas propriedades antioxidantes, capazes de desacelerar o processo natural de envelhecimento, é reconhecido como a “Erva da Eternidade”.

Apreciado por muitos na forma de infusão (frequentemente chamado “chá vermelho”) quando comparado com qualquer chá Rooibos apresenta metade da quantidade de taninos (pelo que não interfere na absorção de nutrientes essenciais e é menos adstringente, e não prejudica a digestão, motivo provável pelo qual é tão apreciado após as refeições)

Super poder antioxidante
Em 2007, uma equipa do USDA Human Nutrition Research Center On Aging, em Whashington, publicou um estudo cujos resultados apontam as propriedades antioxidantes do Rooibos e ressaltam o seu poder anti-envelhecimento.

Com o passar do tempo, o nosso corpo deixa de produzir quantidades suficientes de substâncias protectoras e tem dificuldade em defender-se da acção nefasta dos radicais livres – resultantes quer de processos internos quer de agressões externas como a poluição, raios solares, etc.

Assim, com menos protecção, ocorrem alterações metabólicas que podem acelerar o envelhecimento.

Dona de um gosto inconfundível, a planta de Rooibos reúne ainda alguns sais minerais importantes na protecção celular, entre eles o Magnésio e o Zinco, cuja importância a nível cerebral e das funções da pele são há muito reconhecidas.

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O American Botanical Council reforçou também, em 2003, que a planta de Rooibos é rica em flavonóides, substâncias com forte acção antioxidante, capazes de proteger a saúde do coração.

Estas conclusões vieram confirmar a descoberta, na década de 60, de investigadores japoneses que revelaram que a erva de Rooibos tem inúmeras substâncias protectores. A ver:

- Quercetina e Quercitrina – Fitonutrientes com propriedades anti-histamínicas, reduzem a produção de histamina que desencadeia os sintomas alérgicos.

- Aspalatina e Notofagina – O primeiro existe exclusivamente no Rooibos e do segundo só se conhecem dois fornecedores.

- Rutina – Promove o fortalecimento capilar e facilita a absorção de vitamina C – também um forte antioxidante – potenciando o seu efeito.

Existem inúmeras formas de consumir Rooibos: infusões simples, bebidas simples ou combinadas com aromas de frutos, receitas de bolos e biscoitos à base da erva e da infusão...

Associado a uma alimentação variada e à prática regular de actividade física, este “elixir” pode ser a solução para ter uma vida mais saudável e manter-se jovem por dento e por fora. Faça dele um “habitué” das refeições, pausas e saídas!

Saiba qual é a sua origem

Originária das regiões montanhosas da África do Sul, a planta de Rooibos (Aspalathus linearis) é cultivada exclusivamente na região de Cedar Valley, próximo da cidade de Cedarberg.

Rooibos significa “arbusto vermelho” em africâner. Esta “erva”, adaptada a solos pobres e climas quentes e secos, venceu todas as adversidades e foi capaz de desenvolver propriedades benéficas para a saúde humana.

A primeira vez que se ouviu falar das qualidades terapêuticas da sua infusão foi em 1968, quando a médica Annique Theron juntou chá de rooibos ao leite do biberão, o que permitiu acalmar as cólicas de um bebé.

Diz a história que Rooibos passou a ser cultivado nos finais dos anos 1920 e tem crescido em termos comerciais desde a Segunda Guerra Mundial. Actualmente, é exportado para todo o mundo.

Os responsáveis são os antioxidantes!

Ana Miranda - Nutricionista