A doença celíaca (DC) é uma intolerância permanente ao glúten. Caracteriza-se por uma inflamação crónica na mucosa do intestino delgado que leva a uma atrofia das vilosidades intestinais e hiperplasia das criptas, provocando uma diminuição da capacidade de absorção por parte do intestino.

O glúten constitui a fração proteica do trigo, centeio, cevada e aveia, responsável pela elasticidade da massa da farinha e pela consistência esponjosa dos pães e bolos.

A ingestão destes cereais e de produtos alimentares que os contenham deve ser evitada pelos doentes celíacos.

Alimentos proíbidos:

- Laticínios e derivados
Leite maltado e gelados elaborados com os cereais não permitidos.

- Carne, pescado e ovos
Carne ou peixe panados, farinheiras e alheiras, que contém adição de pão ralado.

- Cereais e derivados
Pão, bolachas, cereais, massas, bolos, entre outros (com exceção dos alimentos isentos de glúten, criados para este tipo de doentes).

Ingestão de glúten por pessoas saudáveis

Não há qualquer consequência negativa nestes casos e não existem estudos científicos que comprovem as vantagens da sua não ingestão. Algumas pessoas apresentam, contudo, melhorias a nível de desconforto gástrico quando retiram o glúten da alimentação.

Familiares e amigos de doentes celíacos podem adotar uma alimentação sem glúten para os encorajarem e motivarem para o cumprimento da dieta e evitarem os riscos de contaminação cruzada.

Revisão científica: Miguel Ângelo Rego (nutricionista e colaborador da Plataforma Contra a Obesidade da DGS)