A pirâmide da Dieta Mediterrânica tradicional foi atualizada para ir ao encontro aos novos ritmos e padrões de vida. Por iniciativa da Fundação Dieta Mediterrânica e com a colaboração de inúmeras entidades internacionais, especialistas em nutrição, antropologia, sociologia e agricultura chegaram a esta nova apresentação.

A nova pirâmide segue o padrão anterior: na base, encontram-se os alimentos que devem sustentar a alimentação, e nos níveis superiores, os alimentos a serem consumidos em quantidades moderadas. Além disso, os elementos sociais e culturais característicos da forma de vida do Mediterrâneo são incorporados no design gráfico. Não se trata apenas de priorizar alguns grupos de alimentos em relação a outros, mas também ter em conta a forma de seleção, cozinhar e comer. Também reflete a composição e o número de porções de refeições principais.

A dieta mediterrânica é um excelente modelo para uma vida saudável. Hoje existe uma consciência geral da relação entre a dieta mediterrânica e a saúde. Diaita, a antiga palavra grega que deriva da dieta, significa estilo de vida equilibrado e é isso que a dieta mediterrânica é, o estilo de vida do povo do Mediterrâneo. É uma maneira de entender a vida e comer que é baseado em produtos agrícolas locais, receitas e métodos de confeção de cada local, passada de geração em geração, partilhado refeições, comemorações e tradições. Tudo isso complementado com a atividade física diária moderada e com o estilo de vida que a ciência moderna nos convida a adotar para beneficiar a nossa saúde.

Por estas razões, em 16 de novembro de 2010, a UNESCO Intergovernmental Committee for the Safeguarding of Intangible Cultural Heritage concordou em incluir a alimentação mediterrânica na Lista do Património Mundial da Humanidade, durante a sua reunião em Nairobi, no Quénia.

Os benefícios para a saúde da alimentação mediterrânica e o seu efeito protetor contra doenças crónicas tem sido bem provado pela comunidade científica. Esta nova pirâmide inclui todos os grupos alimentares, nas proporções e frequências que favorecem uma alimentação saudável ou não. Este padrão de consumo de alimentos é dirigida a uma população adulta saudável e deve ser adaptado às necessidades específicas de crianças, mulheres grávidas e de pessoas com outras condições de saúde.

Fonte: Associação Portuguesa dos Nutricionistas