O planeamento das refeições é essencial numa peregrinação. Após esta tarefa podemos estruturar o tipo de alimentos a colocar na mochila, sendo que num percurso longo o peso da lancheira faz muita diferença.

Começando pela hidratação, esta tem um papel central para o peregrino, dado que a água é o componente maioritário do nosso corpo e o seu défice por aumento das perdas (suor, urina) ou a diminuição do consumo condicionam o nível de fadiga. A água deve ser consumida em pequenas porções ao longo do trajecto.

Optar por refeições de fácil digestão é uma boa opção. Refeições pesadas e desequilibradas são inimigos silenciosos nesta jornada.

Na bagagem, o recurso a sandes/ wraps pode ser uma boa solução, contudo não se esqueça que os produtos devem tolerar a acção do calor. Integre vegetais e opções como atum, queijo e húmus (pasta de grão). O pão deve ser de digestão lenta, como pão de espelta, quinoa ou centeio.
Esforços físicos intensos aumentam as necessidades de vitaminas e minerais. Escolha frutos secos e frutas. A banana é uma boa opção, porque, para além de ser uma fonte de energia, também é rica em magnésio e potássio.

A presença de açúcar e sal na mochila é obrigatória para situações de emergência.
Lembre-se que, nos dias antes da peregrinação, a alimentação deve ser rica e variada, com pouco processamento alimentar. Após a peregrinação, aumente a proteína (carne, peixe, ovos). Deve, ainda, dar particular ênfase aos ómega-3 presentes nos peixes gordos e frutos secos, e manter uma hidratação cuidada.

Kit de sobrevivência:
» Água, infusões ou bebidas isotónicas
» Frutos secos (nozes, avelãs) e fruta seca (alperce, tâmaras medjool)
» Bananas
» Batata doce
» Chocolate / barras energéticas
» Fruta fresca

Texto de Magda Serras (Nutricionista)

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