Originária da Ásia Central, a produção e o consumo da macieira disseminou-se por todo o  mundo. A China é atualmente o seu maior produtor. Existem várias espécies de macieiras, mas a mais cultivada é a Malus domestica.

Conclusões de um estudo realizado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital de Wakayama, no Japão, indica a sua eficácia ao nível da rinite crónica moderada a severa.

Mais de três dezenas de pacientes (entre os 15 e os 65 anos) com esta doença, há mais de três anos, foram tratados com uma dose baixa ou elevada de polifenóis da maçã. Foram observadas melhorias nos ataques de espirros, em ambos os casos, na descarga nasal, no primeiro grupo, e no edema nos seios perinasais, no segundo, comparativamente ao grupo placebo, refere o Journal of Investigational Allergology and Clinical Immunology.

Uma combinação da pectina da maçã com camomila reduziu mais rapidamente que o placebo a diarreia em 255 crianças, entre os seis meses e os seis anos, juntamente com uma solução eletrolítica com glicose administrada no primeiro dia, de acordo com a informação publicada em Arzneimittelforschung.

Princípios ativos

A casca é uma das principais fontes de quercetina, um flavonoide antialérgico e antioxidante. O pericarpo (polpa) contém uma grande quantidade de pectinas e protopectinas, com ação estimulante do intestino, emoliente e protetora do tubo digestivo. É rica em procianidinas e antocianidinas, com ação antioxidante  venotónica, protetora das artérias e neuroprotetora da doença de Alzheimer.

Tem ainda uma ação anticancerígena, anti-inflamatória, assim como um efeito ao nível  dos eventos epigenéticos e da estimulação da imunidade inata. Oferece taninos com ação cicatrizante e regeneradora dos tecidos, principalmente da mucosa gastrointestinal. Os seus polifenóis têm uma ação hipocolesterolemiante e antialérgica.

Principais propriedades

A macieira beneficia quadros de
más digestões e gastrites, sendo útil na  gastroenterite infantil.

Ajuda
a prevenir vários tipos de cancro como o da pele, mama e cólon. Estudos
epidemiológicos indicam que o consumo de uma ou mais maçãs por dia pode
reduzir o risco de cancro do pulmão e cólon.

Pode ser usada como
coadjuvante no tratamento de doenças cardiovasculares, asma e outras
disfunções pulmonares.

É útil no tratamento da obstipação, por aumentar o volume do bolo fecal por retenção de água, estimulando os movimentos peristálticos. Atua ainda ao nível da redução do colesterol e do tratamento das alergias, pelos seus efeitos  anti-histamínicos, reduzindo o inchaço e a inflamação da pele em pacientes  atópicos. Cozida, ajuda a tratar as diarreias.

Administração

Não existe uma dose máxima, devendo ser consumida pelo menos uma maçã por dia para obter os resultados avançados pelos estudos científicos.

Remédios caseiros

- Aperitivos de maçã
Vendem-se nas casas de produtos naturais rodelas de maçã desidratada que  podem ser integradas em regimes de emagrecimento, para controlar o apetite entre as refeições.

- Sumo antioxidante
Junte duas maçãs com metade de uma beterraba e duas cenouras no  liquidificador. No final, esprema o sumo de meio limão e beba rapidamente, 15 a 30 minutos antes das refeições, para uma melhor absorção.

Revisão científica: João Beles (naturopata)