Nos últimos tempos, em fases diferentes, viraram moda e são muitos os portugueses que já não passam sem um nem o outro. Mas entre o iogurte grego e o skyr qual deles é melhor? «O iogurte grego é feito com os mesmos ingredientes do iogurte natural, mas é extraído grande parte do soro por filtração», começa por esclarecer Ana Carvalhas, nutricionista. «Resulta num iogurte mais cremoso e menos ácido», afirma ainda.

«Em qualquer iogurte, seja natural ou grego, estão presentes as culturas bacterianas vivas [Streptococus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus]», diz. «O skyr é um laticínio islandês vendido em Portugal sob a designação de iogurte com alto teor de proteínas [0,2% de matéria gorda]», refere ainda a especialista.

No entanto, «de acordo com a legislação portuguesa, aproxima-se mais da designação de queijo do que iogurte devido ao processo de fabrico e porque não refere que, na fermentação, sejam usadas exclusivamente as estirpes  Streptococus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus», sublinha ainda Ana Carvalhas.

Qual a melhor opção?

Ana Carvalhas não tem dúvidas. «Não existe melhor opção para todos, uma vez que cada pessoa terá os seus gostos e as suas necessidades. Do ponto de vista nutricional, o iogurte grego é mais completo, equilibrado e ajustado às necessidades da maioria das pessoas», assegura a nutricionista.

«O facto de ter mais gordura traz vantagem, porque é mais saciante e as gorduras naturais dos alimentos fazem-nos falta porque transportam as vitaminas A, D, E e K, essenciais na prevenção de muitas doenças, em particular a depressão e a osteoporose. O skyr apresenta três vezes mais proteína do que o iogurte grego, estando praticamente isento de gordura», refere.

As vantagens não se ficam, no entanto, por aqui. «É menos calórico, apresentando metade das calorias por 100 g do que o iogurte grego», afiança a especialista. «O teor de hidratos de carbono é semelhante em ambos», afirma ainda a nutricionista.

Qual a dose recomendada?

A proteína destes produtos láteos é benéfica. O problema está na quantidade ingerida. «Os portugueses consomem em média mais do dobro da quantidade das proteínas de que precisam por dia. Portanto, a opção por iogurtes mais proteicos não apresenta qualquer vantagem para a maioria das pessoas», refere Ana Carvalhas.

«O skyr poderá ser vantajoso para atletas uma vez que estes, devido à frequência e intensidade dos seus treinos, têm necessidades aumentadas de proteínas», diz. «Tanto o iogurte grego como o skyr podem ser consumidos diariamente, por quem não tenha problemas de intolerância», defende.

«O iogurte grego pode ser consumido duas a três vezes por dia», afirma a nutricionista. «O skyr, devido ao alto teor proteico, deverá ser consumido com mais moderação. Uma a duas porções por dia», sugere Ana Carvalhas.

Veja na página seguinte: As diferenças entre a quantidade de gordura e as calorias

Pelo qual optar?

Depende das suas necessidades nutricionais:

- O iogurte grego se quer fazer uma refeição nutritiva e saudável

- O skyr se quer reduzir calorias e/ou é atleta de alta competição

A escolha ideal

Independentemente de optar pelo iogurte grego ou skyr, existem muitas variedades disponíveis no mercado. A melhor opção não contém aditivos químicos, açúcar adicionado nem edulcorantes. Não tem, também, aroma nem pedaços de fruta.  É natural. Saiba o que os diferencia em termos práticos:

Skyr natural/100 g:

- 65 kcal

- 0,2 g de gordura

- 4,1 g de hidratos de carbono

- 11,8 g de proteína

Menos calorias, mais proteína

Iogurte grego natural/100 g:

- 121 kcal

- 10 g de gordura

- 3,2 g de hidratos de carbono

- 4,6 g de proteína mais nutritivo

Texto: Vanda Oliveira e Luis Batista Gonçalves com Ana Carvalhas (nutricionista)

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