As primeiras versões da dieta macrobiótica envolviam mais restrições dietéticas do que a versão contemporânea, que inclui uma ampla variedade de opções dentro das suas diretrizes, em grande parte vegetarianas. Nos dias de hoje, este tipo de alimentação promove o consumo de grãos integrais e vegetais, com pequenas quantidades de feijão, produtos de soja, nozes e sementes, hidratos de carbono complexos, como arroz integral, hortofrutícolas, peixes, condimentos asiáticos e chás de ervas, desencorajando o consumo de farinha refinada e açúcar.

«Um tipo de dietas que tem sido associado a uma diminuição de colesterol no sangue e da pressão arterial e que pode ser facilmente adaptado a um plano alimentar para um doente com diabetes», defende o médico endocrinologista João Jácome de Castro e Maria Santana Lopes, nutricionista, sublinhando que, «a Associação Americana de Diabetes (ADA) apoia dietas vegetarianas como uma abordagem saudável para prevenir ou controlar a diabetes».

«Desde que satisfaçam todas as necessidades de macronutrientes, que podem ocorrer, nalguns regimes, pela restrição em produtos de origem animal», reforçam, contudo. É, por isso, muito importante que o doente discuta com o seu médico e/ou nutricionista o desenvolvimento de um plano alimentar que satisfaça as suas necessidades nutricionais. «A ADA indica que poderá ser preciso incluir lacticínios ou ovos», advertem os especialistas portugueses.

«Tomar suplementos alimentares para atender às necessidades diárias de vitamina B12 e vitamina D, dois nutrientes essenciais que se encontram principalmente na gema de ovo e produtos lácteos enriquecidos» é outra das recomendações, sublinham. «Para atender às necessidades de cálcio e ferro, é aconselhável comer peixe, produtos de soja, legumes e folhas verdes escuras. Os peixes gordos, como salmão, nozes, produtos de linhaça, gérmen de trigo e óleo de soja, fornecem ómega-3, os ácidos gordos que são protetores cardiovasculares», dizem ainda.