Uma boa alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e melhorar a sua qualidade de vida.

O alerta é do presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Fernando Nolasco.

Confira, de seguida, três cuidados essenciais que estes doentes devem ter com a sua alimentação:

- Reduza a ingestão de fósforo e aumente a de cálcio e vitamina D

Na insuficiência renal crónica, o fósforo contribui para alterações ósseas, pois não é eliminado de forma apropriada, acumulando-se em quantidades excessivas. Os rins são responsáveis por ativar a vitamina D essencial para que o organismo possa absorver o cálcio dos alimentos. Quando os rins deixam de funcionar, esta vitamina não é ativada e o cálcio não é absorvido.

- Diminua a ingestão de potássio

«Quando os seus níveis ficam muito altos, o doente tende a sentir debilidade muscular, tremores e fadiga e pode correr risco de vida», alerta o nefrologista. Por se tratar de um mineral solúvel em água, grande parte do potássio contido nos alimentos pode ser eliminado através de técnicas culinárias tais como a imersão ou dupla cozedura.

- Controle a ingestão de sódio

Na insuficiência renal a eliminação de sódio e água através da urina é reduzida. Como consequência da retenção de sódio, os doentes têm muita sede e a retenção de água pode dar origem ao aparecimento de edemas na pele e subida da tensão arterial. Uma situação que pode conduzir a insuficiência cardíaca.