Essa é uma das conclusões de um novo estudo que analisou dados de cerca de 40 mil pessoas de 29 países europeus.

Segundo investigadores da Universidade de Ghent, na Bélgica, os voluntários têm mais saúde do que os não-voluntários e até conseguem arranjar melhores empregos.

Independentemente de fatores determinantes como a saúde, género, idade, formação, país de origem ou religião, o grupo de investigadores verificou que os voluntários são mais saudáveis e têm uma saúde equivalente à de alguém cinco anos mais novo.

Esta relação poderá estar associada, segundo explicam, ao salário que os voluntários recebem, já que os dados do estudo revelam que, surpreendentemente, estes têm um salário mais alto. "Este resultado corrobora investigações anteriores, que mostram que ter atividades de voluntariado no currículo traz mais oportunidades de emprego, especialmente para os não-nativos", referiu Stijn Baert, um dos autores do estudo publicado na revista Plos One.

"Esta associação [entre voluntariado e saúde] é comparável, na sua dimensão, aos ganhos para a saúde conseguidos pelo facto de se ser do sexo masculino, cinco anos mais jovem ou nativo de um país, por oposição aos migrantes", explica Jens Detollenaere, um dos responsáveis pela investigação.

Segundo o estudo, o voluntariado liberta hormonas como a ocitocina e a progesterona, ambas capazes de regular o stress e a inflamação, o que pode ser responsável por uma menor incidência de doenças com elevado índice de mortalidade.

Por outro lado, os investigadores dizem que fazer voluntariado pode melhorar ainda a atividade física e cognitiva, protegendo as pessoas da demência relacionada com a idade.

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