O equipamento já foi apresentado aos associados e a conclusão está anunciada para 2021, por altura do 40.º aniversário da corporação, indicou Ricardo Vieira, presidente da associação.

Os Bombeiros de Vila Meã, recordou à Lusa aquele dirigente, estavam há alguns anos numa situação de pré-falência, com um passivo de mais de um milhão de euros. Em seis anos, acrescentou, a instituição conseguiu pagar as dívidas a 92 entidades, capacidade que deu alento para o novo projeto. "Percebemos que, durante seis anos, fomos capazes de realizar um montante superior a um milhão de euros, para pagar o passivo. Por isso, decidimos que seríamos capazes de conseguir uma quantia idêntica e avançar com um projeto destes", comentou Ricardo Vieira.

O terreno para o equipamento já foi adquirido e localiza-se a cerca de 100 metros do quartel dos bombeiros e a 200 metros da malha urbana da vila.

A localização, frisou, irá permitir a gestão integrada das duas valências - corpo de bombeiros e lar.

Ricardo Vieira reconhece que se trata de um projeto "ambicioso", mas prevê que a nova valência possa dar um contributo financeiro à corporação. "As corporações vão ter problemas a curto prazo com o transporte de doentes não urgentes. Alguns hospitais estão a fazer concursos públicos e irão entregar o serviço a empresas privadas ou a uma ou outra corporação", explicou.

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O dirigente considera "incomportável" as corporações ficarem sem aquele serviço.

"Iremos ter de recorrer aos apoios do Estado, sobrecarregando o Estado", previu.

E acrescentou: "Há que garantir um outro meio de sustento, que garanta a continuidade das corporações e o socorro às populações".

A prioridade é a redução dos custos na construção e gestão do equipamento.

Nesse contexto, a associação humanitária vai protocolar com uma instituição de solidariedade social local o serviço de cozinha e lavandaria.

"[Essa solução] vai-nos permitir reduzir o investimento inicial em cerca de 120.000 euros e teremos menos três funcionários", indicou o presidente da associação.

Apesar da redução dos recursos humanos, a abertura do lar permitirá criar 12 a 15 postos de trabalho, avançou à Lusa.

O equipamento deverá funcionar ao abrigo de um protocolo com a Segurança Social, mas a prioridade será dar resposta aos bombeiros que tenham necessidade de ingressar no lar.

A instituição deseja que o lançamento da primeira pedra ocorra no próximo ano.